quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O que fazer na atual crise mundial?

Bem. Em primeiro lugar, há que se pensar: de qual crise se está querendo falar: financeira, ambiental, alimentar, social, cultural...? Pois é, infelizmente devemos ressaltar que há várias crises graves acontecendo concomitantemente. Algumas, com efeitos de curtíssimo prazo, dão "ibope" porque mexem diretamente nos bolsos das pessoas, como a financeira. Outras, com conseqüências, às vezes mais desastrosas ainda para toda a humanidade, não chamam tanto a atenção.

É o que estamos vivendo neste momento. Há alguns dias atrás, antes de explodir no mundo a crise financeira americana, havíamos postado o relatório da WWF que alerta os seres humanos, habitantes do Planeta Terra, para resultados ambientais desastrosos já em 2030, caso continuemos a consumir os recursos naturais e devolver ao planeta imensas quantidades de lixo, desde os perecíveis ou biodegradáveis de curto prazo até os que levam milhares de anos para serem absorvidos pela natureza. Isto é, em 2030 não haverão mais recursos naturais para manutenção da vida em nosso planeta. A leitura que faço de uma notícia dessa é calamitosa e quase nada ouvi nos noticiários sobre o assunto, quase nada ouço nas rodas de conversas.

A questão da fome mundial é outra notícia conhecida nossa de anos e anos, acompanhadas de todas as formas de ferramentas necessárias para sensibilização: imagens, textos, discussões, etc.

Hoje recebi mais uma dessas mensagens instantaneamente chocantes que rodam a Web. Chamo de instantâneas, porque percebo que elas sacodem as pessoas enquanto as lêem e depois passam para o nível do esquecimento, retornando à memória, apenas quando se ouve algum comentário sobre o assunto, para se mostrar que está "por dentro ". A verdade é que a grande maioria está "por fora" de atitudes próprias e individuais que mobilizem uma cadeia de atitudes revolucionárias em nosso comportamento individual e relacional com a vida como um todo.

Precisamos de atitudes já, agora, ontem...sem delegar a outros. Todos nós, sem exceção, somos responsáveis por tudo o que está acontecendo em nossa casa Terra. Então, comece em sua própria casa, consuma somente o que realmente é importante e ecologicamente viável, economize a tão preciosa água, a energia, minimize seu lixo, prefira o que é saudável para todos e para o planeta, se puder prefira o ônibus ou metrô, melhor ainda se puder usar bicicleta ou ir a pé mesmo....são tantas possibilidades que podemos escolher! Basta procurar. A Web está aí para isso, socializar e compartilhar novos e bons conhecimentos. Todos podemos escolher, sempre!

Sobre o texto que comentei, fazendo referência ao autor ali citado (sem garantia), o reproduzo a seguir. É exatamente o que vinha debatendo sobre tudo isso.

Irene Nousiainen


Texto do Vice-Presidente de Criação e sócio da Bullet, Muniz Neto, sobre a crise mundial.

"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.

Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos e aquela famosa deitada sobre si mesma, pele e osso, com um urubu faminto atrás somente à espera de que seu prato esteja pronto para degustação.

Os slides se sucedem.

Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro.

Durante décadas, vimos essas imagens. No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.

São imagens de miséria que comovem.

São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais.

A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.

Ano após ano, discutiu-se o que fazer. Anos de pressão para
sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.

Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários
para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce? Extinguir.

Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.

Não sei como calcularam este número. Mas digamos
que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.

Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.

Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.

É uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.

Se quiser, repasse. Se não, o que importa?

O nosso almoço tá garantido mesmo..."


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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

BIBLIOTECA DIGITAL EUROPÉIA RETORNA NO INÍCIO DE DEZEMBRO

YAHOO NOTÍCIAS - Sex, 21 Nov, 02h47

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/081121/entretenimento/ue_cultura

BRUXELAS (AFP) - A biblioteca digital "Europeana", saturada por consultas dos internautas, foi fechada menos de 24 horas depois de seu lançamento, e talvez deva retornar em meados de dezembro.

Uma mensagem no site www.europeana.eu indica nesta sexta-feira que a biblioteca está "temporariamente inacessível por causa do grande interesse" do público.

"Faremos todo o possível para reabrir a 'Europeana' em uma versão mais robusta o quanto antes", acrescenta o texto, prometendo voltar em meados de dezembro.

Os idealizadores do projeto previam cerca de cinco milhões de consultas diárias, mas o número superou em muito as expectativas e acabou saturando o sistema.

Com conteúdos inteiros de livros raros e antigos ou cujas edições se esgotaram, pinturas, músicas, manuscritos, mapas, o projeto "Europeana" tem como objetivo tornar acessível em apenas um site o imenso patrimônio cultural das bibliotecas nacionais do Velho Continente.

Esta era a idéia do portal multilíngue www.europeana.eu, que pretende armazenar não apenas livros, mas também outras obras digitalizadas em mãos de centros e instituições culturais européias.

"A 'Europeana' representa uma aliança inédita entre as novas tecnologias e o mundo da cultura. Estou convencida de que modificará de maneira profunda a forma que cada um terá acesso a partir de agora ao patrimônio cultural europeu", afirmou a comissária européia da Sociedade de Informação, Viviane Reding.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

PONTO SEM VOLTA PARA AMAZÔNIA É DE 50%



YAHOO NOTÍCIAS
Qui, 20 Nov, 06h08
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/20112008/25/manchetes-ponto-volta-am
azonia-50-diz.html

O limite máximo de desmatamento que a Amazônia pode suportar antes de se transformar irreversivelmente numa savana é 50%, segundo um estudo divulgado hoje em Manaus pelo pesquisador Gilvan Sampaio, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este é o chamado "ponto sem retorno", ou tipping point, em inglês, a partir do qual a floresta perde a capacidade de se regenerar. Hoje, cerca de 20% do bioma já foi desmatado em toda a América do Sul. Se os atuais 20% de área desmatada chegarem a 50%, a situação se tornará irreversível.

A região mais impactada pela transformação seria a Amazônia Oriental, formada principalmente pelo Pará. "Todo o leste da Amazônia viraria uma savana", disse Sampaio, que apresentou os resultados de sua tese de doutorado na conferência Amazônia em Perspectiva, que reúne os três maiores programas de pesquisa sobre a floresta (conhecidos pelas siglas LBA, Geoma e PPBio). "A floresta se auto-sustenta", explicou o cientista. "A vegetação depende do clima, mas o clima também depende da vegetação. Quando você remove a cobertura vegetal, você muda também o clima, até um ponto crítico em que a floresta não consegue mais voltar ao que era antes."

A porção oeste do bioma permaneceria relativamente imune às alteração, blindada pelos índices pluviométricos mais elevados nas regiões próximas aos Andes. A transformação "sem volta" ocorreria somente nas áreas já desmatadas, segundo Sampaio - apesar de outros cientistas acreditarem que o desmatamento no leste poderá cortar o fluxo de vapor de água para o interior da floresta, no oeste.

A tese de Sampaio é a expansão de um trabalho publicado por ele mesmo e colegas no ano passado, que abrangia apenas a Amazônia Oriental e estimava o ponto sem volta em 40% de desmatamento. O novo modelo é mais completo porque abrange toda a Amazônia na América do Sul e faz o casamento entre as flutuações de clima e vegetação, enquanto o anterior trabalhava apenas com variação de cobertura florestal.

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Imagens adicionadas
FONTES:
ecourbana.wordpress.com
elt0n.wordpress.com
http://simultanea.files.wordpress.com/2007/08/amazonia_1_cpb.jpg

mixideias.blogspot.com http://www.dahoraonline.com.br/img/atualidade/slide0014_image085.jpg











terça-feira, 11 de novembro de 2008

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2008 - WWF

Reprodução do Sumário para imprensa do Relatório Planeta Vivo 2008 elaborado pela WWF.
É alarmante. É importante. Urgem mudanças rápidas!

RELATÓRIO PLANETA VIVO 2008
Sumário para a imprensa

O relatório Planeta Vivo da Rede WWF tem sido publicado a cada dois anos desde 1998 e visa mostrar como estão os recursos naturais e o impacto exercido por atividades humanas.

O relatório apresenta o Índice Planeta Vivo (IPV), uma série de comparações entre a Pegada Ecológica, feita pela Rede da Pegada Global (Global Footprint Network – GFN), e a biocapacidade disponível em níveis global, nacional e local. Pela primeira vez, o documento mede também a Pegada Ecológica Hídrica.

O Índice Planeta Vivo é compilado pela Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) e utiliza números relativos a vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos de todo o mundo) como um indicador do situação da natureza.

A biocapacidade é a quantidade de área biologicamente produtiva – zona de cultivo, pasto, floresta e pesca – disponível para atender às necessidades dos seres humanos.

A recente crise financeira mundial constitui um alerta grave para as conseqüências de se viver com padrões de consumo insustentáveis. Mas a atual crise financeira torna-se menor se comparada à ameaça da quebra do crédito ecológico, que ocorre quando a demanda por recursos naturais (Pegada Ecológica) é maior que a biocapacidade do planeta ou de um país.

Não importa se moramos em uma floresta ou em uma grande cidade, os meios que temos para ganhar a vida e até mesmo nossas próprias vidas dependem dos serviços fornecidos pelos sistemas naturais da Terra.

O relatório Planeta Vivo 2008 revela que consumimos de forma excessiva os recursos naturais - que são a base dos serviços ambientais - , e o fazemos mais rapidamente do que eles podem ser repostos. Assim como a gastança imprudente ocasionou a atual crise econômica, o consumo imprudente está exaurindo o capital natural do mundo e coloca em risco nossa prosperidade futura.

Índice Planeta Vivo
O Índice Planeta Vivo Global (IPV) – uma medida derivada de estudos de longo prazo sobre quase 5.000 populações de 1.686 espécies – mostra que o número de vertebrados diminuiu quase 30% ao longo de 35 anos, no período de 1970 a 2005.

Isto é apenas a introdução, mas é suficientemente alarmante. Um olhar mais detalhado na média, que é o índice global, revela em cores mais vivas onde estão ocorrendo as perdas.

O IPV das Áreas Temperadas subiu 6% no período de 1970-2005, enquanto o IPV das Áreas Tropicais sofreu uma redução de 51%.

O IPV das Espécies Terrestres perdeu 33% no geral, o IPV da Água Doce caiu 35% e o IPV Marinho diminuiu em14%.

O IPV das Florestas Tropicais teve uma queda de 62%, o IPV das Terras Secas caiu em 44% e o IPV dos Campos e Pastagens diminuiu 36%. O IPV das Aves foi reduzido em 20% e o dos Mamíferos em 19%.

Essas perdas expressivas da nossa riqueza natural são causadas pelo desmatamento e conversão de florestas em lavouras e pastagens nas áreas tropicais, impacto das barragens e desvios de água, aumento do número de cabeças de gado, poluição, sobrepesca e pesca predatória. Os impactos das mudanças climáticas também estão adquirindo importância, pois as temperaturas mais elevadas dos mares e a redução das chuvas e do fluxo nos cursos d’água afetam muitas espécies.

Pegada da humanidade e capacidade da Terra
Nossa pegada ecológica global excede, hoje, em cerca de 30% a capacidade de regeneração do mundo. Se nossa demanda continuar nesse mesmo ritmo, em meados de 2030 precisaremos de dois planetas para manter nosso estilo de vida. O relatório deste ano registrou, pela primeira vez, o impacto de nosso consumo sobre os recursos hídricos do planeta e nossa vulnerabilidade à escassez de água em muitas regiões.

Essas tendências gerais têm conseqüências bem concretas e nós já as vimos ao longo deste ano nas manchetes dos jornais. Os preços mundiais dos produtos agrícolas tiveram aumentos recordes, em grande parte devido à crescente demanda por alimento, ração animal e biocombustíveis, e, em alguns casos, também pelos estoques minguantes de água doce.

Pela primeira vez na história, a calota de gelo polar no Ártico ficou rodeada de água, ou seja, o gelo está literalmente desaparecendo em uma velocidade surpreendente devido ao impacto da nossa Pegada de carbono, que resulta no aquecimento global.

As emissões de carbono ocasionadas pelo uso de combustíveis fósseis e as mudanças no uso do solo constituam o maior componente da Pegada da humanidade, o que realça a principal ameaça ao nosso planeta: as mudanças climáticas. Pegada Ecológica é a área necessária para produzir os recursos que utilizamos e para absorver as emissões de carbono, expressa em hectares (média)
de terra ou mar produtivo no mundo. A análise geral feita pela GFN da Pegada Ecológica mostra que a área necessária chegou a 2,7 hectares globais por pessoa.

A área disponível hoje, per capita, é de 2,1 ha.

As cinco maiores Pegadas per capita nacionais são dos Emirados Árabes, Estados Unidos, Kuwait, Dinamarca e Austrália. As cinco menores pertencem a Maláui (país no leste da África), Afeganistão, Haiti, Congo e Bangladesh.

A biocapacidade está distribuída de forma desigual. Oito países – Estados Unidos, Brasil, Rússia, China, Índia, Canadá, Argentina e Austrália – possuem mais do que a metade do total da biocapacidade mundial.

Os padrões de crescimento populacional e de consumo fazem com que três desses países sejam devedores ecológicos por terem uma pegada superior a sua biocapacidade nacional, ou seja, a demanda por recursos naturais e os resíduos lançados é maior do que podem oferecer e absorver.

São eles: Estados Unidos (pegada 1,8 vezes maior do que sua biocapacidade nacional), China (2,3 vezes) e Índia ( 2,2 vezes). Em termos regionais, somente os países europeus fora da União Européia e os países da África, da América Latina e Caribe permanecem dentro dos limites de sua biocapacidade.

O desmoronamento do crédito ecológico é um desafio mundial. O relatório Planeta Vivo 2008 nos diz que mais de 75% da população mundial vive em nações que são devedoras ecológicas, pois seu nível de consumo nacional superou a biocapacidade do país. Assim sendo, a maioria dessas nações está sustentando seu atual estilo de vida e crescimento econômico por meio da retirada cada vez maior do capital ecológico de outras partes do mundo.

Os EUA e a China possuem as maiores pegadas nacionais, cada um totalizando cerca de 21% da biocapacidade global. Mas cada um dos cidadãos dos Estados Unidos demanda uma média de 9,4 ha (ou quase 4,5 planetas se a população mundial tivesse os mesmos padrões de consumo deles), enquanto os cidadãos da China usam uma média de 2,1 ha do mundo por pessoa (um planeta).

Isto é um contraste se comparado com o Congo, que tem a sétima mais alta biocapacidade por pessoa, com 13,9 ha do mundo por pessoa, e uma pegada média de apenas 0,5 ha do mundo por pessoa. Mas o Congo enfrenta uma perspectiva de ter sua biocapacidade degradada devido ao desmatamento e ao aumento de demanda de uma população em crescimento e das pressões de exportação.

Demanda, disponibilidade e estresse hídrico
As novas medidas da Pegada Ecológica Hídrica consideram a água sob uma nova perspectiva, a da produção dos bens além da usual ótica do consumo. Esse novo resultado indica a importância da água comercializada sob a forma de commodities.

Por exemplo, uma camiseta de algodão requer 2.900 litros de água para ser produzida, um quilo de cana-de-açúcar requer 1.500 litros e um quilo de carne cerca de 15.500 litros.

Em média, cada pessoa consome 1,24 milhão de litros (aproximadamente metade de uma piscina olímpica) de água por ano, mas isso varia significativamente entre os 2,48 milhões de litros anuais por pessoa nos Estados Unidos e os 619 mil litros anuais por pessoa no Iêmen.

Com relação à Pegada Hídrica por pessoa, cinco dos dez países que têm a maior pegada - Grécia, Itália, Espanha, Portugal e Chipre – estão situados na região do Mediterrâneo, uma área que enfrenta um estresse hídrico cada vez maior.

O impacto da Pegada Hídrica depende inteiramente de onde e quando a água é extraída. O uso da água em uma área em que ela é abundante provavelmente não terá um efeito adverso na sociedade e no meio ambiente. No entanto, em áreas que já experimentam escassez de água, um nível semelhante de uso poderia fazer com que os rios secassem e os ecossistemas fossem destruídos, com a perda da biodiversidade e dos meios de vida associados a eles.

Hoje, cerca de 50 países enfrentam um estresse hídrico em grau moderado ou severo e o número de pessoas que sofrem com a escassez permanente ou sazonal da água deve aumentar em decorrência das mudanças climáticas.

Resposta ao desafio
A boa notícia é que nós temos os meios para reverter essa tendência de redução do crédito ecológico – não é tarde demais para prevenir uma crise ecológica irreversível. Este relatório identifica as áreas-chave onde precisamos alterar nosso estilo de vida e a economia, de forma a corrigir o rumo e assegurar uma trajetória mais sustentável.

Como a escala do desafio impressiona, introduzimos o conceito de “alavanca de sustentabilidade” para atacar o déficit ecológico nos diferentes setores e suas principais causas. Uma análise desse tipo permite isolar os diversos fatores que contribuem para o déficit e propor soluções diferentes para cada um deles.

Para o desafio mais importante de todos – as mudanças climáticas –, o Modelo de Soluções Climáticas da Rede WWF mostra uma gama de “alavancas” eficientes, renováveis e com baixa emissão de carbono que poderiam satisfazer as demandas de energia projetadas para 2050 e reduzir emissões de carbono em 60% a 80%.

O sucesso dessa estratégia exige que os recursos naturais sejam manejados nos termos e na escala da natureza. Isso significa que as decisões setoriais, como no caso da agricultura e da pesca, devem ser tomadas considerando-se as conseqüências ecológicas de forma mais ampla. E também significa que é preciso encontrar formas de manejo que ultrapassem os nossos limites – para além das propriedades e além das fronteiras – para cuidar do ecossistema como um todo.

Não é mais possível ignorar os recursos naturais nos modelos de negócio praticados nas diferentes atividades econômicas. O capital natural é tão importante quanto o financeiro, o humano e o material envolvidos na produção de qualquer bem.

Enquanto o custo de preservá-lo adequadamente não estiver incluído no preço dos produtos, estaremos caminhando rapidamente para exaurir o nosso crédito ecológico.

Passaram-se quase quatro décadas desde que os astronautas da Apollo 8 fotografaram o famoso “Nascer da Terra”, que constituiu a primeira imagem do Planeta Terra. Nas duas gerações que se seguiram, o mundo passou de uma situação de crédito ecológico para déficit ecológico.

A espécie humana possui um histórico notável de engenhosidade e solução de problemas. Agora, o mesmo espírito que levou o homem à lua deve ser empregado para livrar as gerações futuras de um colapso ambiental.

Sobre a Rede WWF
A Rede WWF é uma das maiores e mais respeitadas redes ambientalistas independentes do mundo. Tem quase 5 milhões de associados e atua em mais de 100 países. Sua missão é deter a degradação do meio ambiente natural da Terra e construir um futuro onde os seres humanos possam viver em harmonia com a natureza, conservando a biodiversidade mundial e assegurando o uso sustentável dos recursos naturais, além de promover a redução da poluição e do desperdício do consumo.

Sobre a ZSL
Fundada em 1826, a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL) é uma organização científica, de conservação ambiental e educação, sem fins lucrativos. Seu papel chave é na conservação dos animais e seus habitats. A ZSL administra o Zoológico ZSL de Londres e o Zoológico ZSL de Whipsnade, realiza pesquisa científica no Instituto de Zoologia e tem participação ativa no trabalho ambiental de campo em mais de 40 países em todo o mundo. www.zsl.org

Sobre a GFN
A Global Footprint Network promove a economia sustentável por meio da promoção da Pegada Ecológica, um instrumento que permite mensurar a sustentabilidade. Juntamente com seus parceiros, a GFN coordena a pesquisa, desenvolve padrões metodológicos e fornece, aos tomadores de decisão, uma contabilidade robusta dos recursos, para auxiliar a economia humana a operar dentro dos limites ecológicos do Planeta Terra. www.footprintnetwork.org


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FONTE:
Texto: http://www.wwf.org.br/informacoes/especiais/relatorio_planeta_vivo_2008/index.cfm

Imagens:
http://bp0.blogger.com/_xq0jLp69uJw/SD8isn8Z3MI/AAAAAAAAFL8/H0hMhBXb6yg/s1600-h/9.jpg
http://www.terra.com.br/revistaplaneta/edicoes/431/imagens/i57032.jpg
http://static.hsw.com.br/gif/population-six-billion-1.jpg
http://www.postmania.org/wp-content/uploads/2008/01/img_esp_012.gif

A CAMINHO DE ESTILOS DE VIDA SUSTENTÁVEIS

A seguir apresentamos alguns extratos do

JOVENS RUMO ÀS MUDANÇAS - kit de formação para o consumo sustentável – O GUIA
www.youthxchange.net - a caminho de estilos de vida sustentáveis

Um excelente guia publicado em 2002 pelo qual o Instituto Brasil PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, ambas agências da ONU, tentam mostrar aos jovens que é possível a qualquer pessoa converter as suas aspirações de um mundo melhor em ações de todos os dias.

O guia completo você encontra no endereço:
http://www.brasilpnuma.org.br/pordentro/guia_consumo.pdf

São argumentos importantes com sugestões factíveis de como cada um pode contribuir para o desenvolvimento sustentável de nosso planeta, cuja definição envolve muito mais que a vida humana somente.

Mesmo tendo sido o guia publicado tão recentemente (2002), pesquisas feitas pela WWF em 2008 já nos dão conta de que quase nada fizemos para minorar o problema. Ao contrário, a situação é grave, como vocês podem constatar no Relatório Planeta Vivo 2008.







O que é DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
(segundo a ONU)

“um desenvolvimento que satisfaça as necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.”

O que é CONSUMO SUSTENTÁVEL

O Consumo Sustentável é um elemento essencial do desenvolvimento sustentável que procura soluções possíveis para desequilíbrios – sociais e ambientais – através de um comportamento mais responsável por parte de todos nós. O Consumo Sustentável está intimamente relacionado à produção e distribuição, utilização e rejeição de produtos e serviços e oferece uma forma de repensar o seu ciclo de vida.

O objetivo é assegurar que as necessidades básicas de toda a comunidade global sejam satisfeitas, reduzindo o excesso de consumo e evitando danos ambientais.

O Consumo Sustentável não trata apenas do custo ambiental da forma como produzimos e consumimos; os custos humanos e sociais também devem ser considerados, de modo a promover um nível de vida mais digno para todos. O papel do consumidor/cidadão global é essencial para forçar os governos, instituições reguladoras, ONGs e empresas a atuarem mais rápida e eficazmente.

A UNESCO e o PNUMA defendem que consumir menos é muitas vezes uma prioridade, mas nem sempre. Consumir de forma diferente e eficaz é o principal desafio. Em muitos casos, o que é necessário é redistribuir por todos a oportunidade de consumo.

Mais de 2 bilhões de pessoas no mundo necessitam de mais recursos, apenas para sobreviver. Pensa-se que a população mundial irá aumentar 50% até ao ano 2050, atingindo um total de 9 bilhões de pessoas. Prevê-se que praticamente todo o crescimento ocorra no mundo em vias de desenvolvimento.

Metade da população mundial tem menos de 20 anos e 90% destes vivem em países em vias de desenvolvimento.

Isto irá provocar uma enorme pressão nos nossos recursos naturais, na biodiversidade e no equilíbrio ecológico do planeta, a que todos nós chamamos casa. É necessário alterar a forma como vemos os nossos recursos e, ainda mais importante, a forma como os utilizamos. Promover o Consumo Sustentável é mais urgente do que nunca. Os jovens são impulsionadores cruciais da economia global e serão dos principais intervenientes e motores da mudança no futuro próximo. Desta forma, a energia, a motivação e a criatividade dos jovens são elementos essenciais para a mudança.

Uma forma de ver esta questão é através do Factor 4 e do Factor 10 que defendem que deveríamos ser capazes de viver duas vezes melhor utilizando metade dos nossos preciosos recursos nas próximas décadas. Temos também de melhorar dez vezes mais a eficiência dos recursos nos países industrializados até 2050. Os padrões de produção e de consumo têm de se tornar mais eficazes (entre 4 a 10 vezes) se quisermos um acesso aos recursos mais equilibrado e duradouro para todos.

Se continuarmos com os nossos padrões atuais de consumo, o futuro não será risonho.
Atualmente, as estimativas mostram que o nosso planeta está a perder, ano após ano, uma área de terra fértil aproximadamente do tamanho da Irlanda, como consequência do excesso de fertilização e da desflorestação - processos que retiram à terra os seus nutrientes vitais tornando-se infértil. Por quanto tempo pode manter-se esta situação?

Quanto mais desrespeitarmos o ambiente, mais nos colocamos em risco, bem como às gerações futuras. A saúde do planeta é a nossa saúde. Todos os dias extinguem-se 50 espécies de plantas. Quantas serão ao fim de uma semana, de um mês, de um ano? Os cientistas acreditam que as plantas escondem segredos que permitirão encontrarcuras para muitas doenças. Por isso, cada espécie perdida não só causa danos irreparáveis para o ecossistema, como representa uma oportunidade perdida para o nosso futuro desenvolvimento.

Os números apresentados pelo Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF, World Wildlife Fund) mostram que um cidadão médio necessita por ano de 2,3 hectares (um hectare é igual ao tamanho de um campo de futebol), para produzir aquilo que consome e para, em seguida, ter onde colocar o excedente. Além disso, a cada ano que passa necessitamos de mais meio hectare do que no ano anterior. Isto representa mais 40% do que é sustentável.

Será que, então, todos temos a mesma responsabilidade? Não, não é bem assim. Um europeu deve duplicar essa responsabilidade; um norte-americano multiplicacá-la por 25. E um cidadão do Bangladesh deve dividi-la por três. Isto também nos mostra a forma como o consumo está gravemente desequilibrado.

20% das pessoas mais ricas do mundo consome cerca de 75 % dos recursos naturais do planeta. Pense nisto: os EUA representam 6% da população mundial mas consomem uns esmagadores 30% dos seus recursos. A riqueza dos 225 indivíduos mais ricos do mundo equivale ao rendimento anual de 47% da população mundial mais desfavorecida, ou seja, 2,5 mil milhões de pessoas.

Muitas pessoas pensam que o planeta não produz o suficiente para alimentar a sua população. Errado. A distribuição desigual dos alimentos é o principal motivo pelo qual existem, actualmente, 800 milhões de pessoas subnutridas no mundo. Num contraste cruel, um relatório britânico publicado no ano 2000 revelou que todos os anos, cerca de 400 milhões de libras esterlinas (aproximadamente 507 milhões de euros) em alimentos que acabam – desperdiçados! – em aterros ou incineradoras. Ainda mais grave, um estudo do governo norte-americano mostrou que mais do que um quarto de todos os alimentos produzidos neste país não chegam a ser consumidos.

Saúde é riqueza, assim o diziam os antigos. Cada vez mais as pessoas optam por estilos de vida saudáveis e estão mais preocupadas com a saúde. Cuidar da saúde deveria igualmente significar cuidar da saúde do planeta. As alterações no estilo de vida das pessoas devem beneficiar o planeta do mesmo modo que a si próprias.

OS ALIMENTOS

Os alimentos são um elemento de ligação entre ambos. Muitas pessoas estão a escolher produtos alimentares mais saudáveis, produzidos através de processos que provocam danos mínimos ao ambiente e que tratam os animais de uma forma mais humana. Além disso, as pessoas procuram alimentos seguros que não contenham surpresas desagradáveis.

Os consumidores começam a apoiar as empresas que evitam o desperdício de alimentos. Exigem mais informações sobre os produtos à venda nas prateleiras dos supermercados – esta lata de tomates é um OGM (Organismos Geneticamente Modificados)? A carne que quero comprar tem hormonas? Todas estas questões são importantes e as pessoas procuram informações para que possam decidir livre e conscientemente.

O que fazer?
Coma e beba o mais saudavelmente possível: mais alimentos frescos, menos aditivos e menos alimentos processados.
* Evite os OGMs (até que o seu impacto seja conhecido) e a carne de produção intensiva.
* Evite os alimentos não sazonais, importados de países distantes.
* Informe o seu supermercado da necessidade de haver rótulos com informações sobre os alimentos que consome.
* Tome suplementos alimentares apenas se realmente sentir necessidade. Escolha os compostos por ingredientes naturais em vez de imitações químicas.
* Informe-se sobre os ‘Es’ - a designação numérica dos aditivos (E000), que dão artificialmente, cor e sabor aos alimentos (evitar os corantes E100 a 180, em particular, o dióxido sulfúrico E220, os anti-oxidantes E320 a 321 e o glutamato monossódio E621. Para mais informações:
www.hacsg.org.uk/myweb/summary

Consumir alimentos da agricultura biológica ou optar por um regime vegetariano são escolhas sobre o modo como se quer viver. Muitas vezes estas escolhas são também benéficas para o ambiente. Uma refeição de frango em vez de carne de bovino tem um impacto ambiental 15 vezes menor. Uma pessoa, cuja dieta não contemple carne, evita a destruição de mais de 4 000 m2 de árvores por ano.

OS PRODUTOS QUÍMICOS

Existem pequenos passos que podemos dar para reduzir a utilização de químicos:
* Informe-se sobre o que contêm, e quais os efeitos provocados, tanto em si como no ambiente, os produtos de limpeza, de higiene e cosméticos. Prefira sempre os biodegradáveis.
* Utilize sempre que possível produtos amigos do ambiente e produzidos “cruelty-free” (não testados em animais), utilize sempre a menor quantidade possível (em geral, um pouco
menos do que é recomendado).
* Pense com cuidado quando tiver de lavar a roupa. Evite a limpeza a seco, porque os líquidos frequentemente utilizados contêm muitas vezes químicos muito poluentes.
* Se tiver de utilizar pesticidas, escolha os mais inofensivos.
* Quando for ao médico, pergunte-lhe sempre qual o medicamento mais suave, mas que combata eficazmente a doença.
* Analise o seu armário dos medicamentos e entregue na farmácia todos aqueles que estão fora do prazo. Leve os medicamentos ainda dentro da validade, mas de que não precisa e entregue-os a instituições de apoio a pessoas necessitadas.

MOBILIDADE

A dependência do carro tornou-nos preguiçosos. Quase 1 em cada 3 viagens com menos de 8 km nas grandes cidades são feitas de carro. Claro que os veículos a motor são também essenciais para a vida moderna. Mas uma utilização mais responsável do veículo pode trazer outras vantagens, tornando as cidades mais limpas, mais saudáveis e mais seguras. As viagens curtas contribuem para agravar os níveis de poluição: uma viagem de carro de 5 km emite 10 vezes mais dióxido de carbono por passageiro do que um autocarro e 25 vezes mais do que um comboio.

Utilizar carros, o que fazer?
Congestionamento, ar poluído, barulho... as nossas cidades estão a tornar-se cada vez mais inabitáveis. O que podemos fazer?
* Ande a pé, de bicicleta ou de patins. As bicicletas são o meio de transporte mais eficiente em termos de energia – 80% da energia do ciclista é transformada em movimento. É rápido e põe-no em forma!
* Partilhe o carro/organize boleias sempre que puder. Partilhar o carro permite que várias pessoas utilizem um carro, organizar boleias disponibiliza um ou mais carros para um grupo de pessoas. Ambas as alternativas reduzem o tráfego, poupam combustível e reduzem os níveis de poluição, a energia gasta por passageiro e os custos da manutenção dos veículos.
* Em alternativa, se apenas necessitar de um carro periodicamente, alugue-o.
* Transporte Público. Os comboios e os autocarros são geralmente as opções mais ecológicas uma vez que transportam mais pessoas, poluem menos e utilizam menos energia por passageiro.
* Compre veículos a motor ‘verdes’ e mantenha-os em bom estado. Antes de comprar verifique: a eficiência, desempenho ao nível de poluição; a capacidade de utilizar gasolina sem chumbo; e a durabilidade do seu carro ou mota.
* Conduza com cuidado. Evite acelerações e travagens bruscas. Uma condução agressiva causa um maior consumo de combustível e mais poluição. Desligue o motor em caso de uma espera fora do tráfego superior a 30 segundos. Não espere demasiado tempo para usar as mudanças.

Turismo, o que fazer?
Há várias coisas que podemos fazer para reduzir o nosso impacto enquanto turistas, como por exemplo...
* Escolha opções de viagem que tenham um maior benefício para a população anfitriã.
Regatear preços mais baixos, quando comprar recordações, pode significar exploração.
* Poupe os preciosos recursos naturais. Não desperdice água nem energia. Evite utilizar poluentes, como detergentes, em riachos e nascentes.
* Deite fora o lixo. Queime ou enterre o papel e separe todo o lixo não degradável.
* Deixe as plantas florescer no seu habitat natural. Em muitas partes do mundo é ilegal apanhar plantas, sementes e raízes.
* Apoie o comércio e o artesanato locais. Compre recordações produzidas localmente sempre que possível.
* Respeite os direitos de propriedade. Em locais tribais, os turistas devem comportar-se como em propriedades privadas.
* Informe-se sobre o país que está a visitar – isso ajudá-lo-á a respeitar a cultura local e abrir-lhe-á portas. Em muitos países são preferíveis roupas soltas e leves a roupas muito justas. Dar beijos em público, é muitas vezes, culturalmente inapropriado.
Assim... tal como recomenda o AMERICAN SIERRA CLUB: tire apenas fotografias; deixe apenas pegadas!

ENERGIA
Durante séculos a humanidade utilizou os recursos da Terra sem se preocupar com o futuro. A utilização global de energia aumentou cerca de 70% durante os últimos 30 anos. Mais ainda, prevê-se que a utilização de energia aumente 2% por ano nos próximos 15 anos.

A natureza demorou milhões de anos a acumular a quantidade de petróleo consumida em todo o mundo num único ano. Estima-se que as reservas de petróleo se possam esgotar em 60 anos. Os nossos recursos tradicionais de energia – carvão e petróleo – são combustíveis fósseis. O seu nome deve-se ao facto de terem sido formados ao longo de milhões de anos, a partir de despojos de animais e plantas mortos e fossilizados.

Infelizmente, as energias eólica, solar, geotérmica, da biomassa e hidroeléctrica ainda não são muito utilizadas. Porquê? As políticas energéticas dos governos favorecem as fontes de energia tradicionais. Há falta de investimento de capital, de fundos para investigação e de campanhas de sensibilização sobre recursos alternativos. No entanto, isto irá mudar no futuro próximo, à medida que estas tecnologias energéticas mais limpas se vão expandindo e se tornam mais eficientes. Depois dos automóveis, a energia é a maior fonte de poluição na Terra.

Poupar energia, o que fazer?
Aqui estão alguns exemplos de como poupar energia em casa:
* Desligue! Um aparelho de TV em standby pode utilizar 1/4 da energia que utiliza quando está ligado.
* Compre lâmpadas fluorescentes compactas, que poupam energia. Desligue as luzes nas divisões vazias.
* Reduza alguns graus no termostato. Se sentir frio, vista mais roupa antes de aumentar a
temperatura do aquecimento central.
* Não utilize mais água quente do que aquela de que necessita – tome duchas.
* Ligue, sempre que possível, os eletrodomésticos às tomadas. As pilhas gastas são altamente poluentes. Se tiver de utilizar pilhas, utilize as pilhas recarregáveis
* Isole portas e janelas, em lugares mais frios.
* Certifique-se de que os eletrodomésticos velhos são substituídos por outros que consomem
menos energia.

ÁGUA
Pode passar-se sem alimentos durante cerca de 1 mês, mas apenas 5 a 7 dias sem água.

97% da água do nosso planeta é água dos oceanos, que não é utilizável pelo Homem.
Menos de 1% da água de todo o mundo está disponível para beber e para outros fins, incluindo a agricultura e a indústria. O seu abastecimento vem dos rios, barragens e fontes subterrâneas.

Se considerarmos o aumento atual da procura, em 2025, dois terços da população mundial podem enfrentar graves faltas de água. Em alguns lugares já deverá ter-se esgotado.

Uma grande parte da população da Terra – 2 mil milhões de pessoas – não tem acesso a água potável. Mais de 4 mil milhões de pessoas em todo o mundo não têm água canalizada em casa. Nalgumas partes de África, mulheres e crianças chegam a transportar 20 litros de água, muitas vezes durante 5 horas, desde a fonte de água mais próxima. Nos países industrializados, uma casa urbana média com 4 a 6 pessoas utiliza 640 litros de água por dia.

Uso racional da água, o que fazer?
Se nos esforçarmos para mudar a forma como usamos a água, podemos fazer diferença.
Quanto menor for a quantidade de água nos rios, mais concentrada se torna a poluição. O
que podemos fazer para poupar água?
* Tome duche, em vez de banho. Em média, um banho gasta o dobro da água.
* Peça modelos que utilizem pouca água quando substituir autoclismos e máquinas de lavar.
* Lave a roupa menos vezes. Em geral, as roupas não estão realmente sujas, apenas precisam ser arejadas ou refrescadas. Isso aumentará também a sua duração.
* Não coloque absorventes, tampões, pensos higiénicos, fraldas e preservativos no aparelho sanitário. Coloque-os no lixo. Principalmente se viver numa área em que o esgoto é despejado no mar sem tratamento. Lembre-se disso na próxima vez que tomar um banho de mar.
* Nunca coloque químicos domésticos (óleo, terebintina e diluente) pelo cano.

A questão da água engarrafada:
Água engarrafada: o custo real.

À luz de um novo estudo independente, o WWF (World Wildlife Fund) está a incentivar as pessoas a consumirem água canalizada, que é muitas vezes tão boa como a engarrafada. Isto seria bom para o ambiente e para as carteiras dos consumidores.

De acordo com o estudo, em muitos países a água engarrafada pode não ser mais saudável nem mais segura do que a água canalizada, mas é vendida a um preço até 1000 vezes mais caro.

No entanto, é a indústria de bebidas engarrafadas que cresce mais rapidamente no mundo e está avaliada em US$ 22 mil milhões anualmente, cerca de 25 mil milhões de euros.

A Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO - UNITED NATIONS FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION) diz que em termos de valor nutricional, a água engarrafada não é melhor do que a água canalizada. Pode conter pequenas quantidades de minerais, mas a água canalizada de muitas municípios também as contem.

O estudo mostra também que todos os anos 1,5 milhões de toneladas de plástico são utilizados para engarrafar água. Podem ser libertados químicos tóxicos no ambiente durante o fabrico e destruição de garrafas. Além disso, um quarto dos 89 mil milhões de litros de água engarrafada em todo o mundo anualmente são consumidos fora do país de origem.

As emissões do gás com efeito de estufa, o dióxido de carbono, provocadas pelo transporte de água engarrafada dentro e entre países, contribui para o problema global da alteração do clima (3 de Maio de 2001).

Para mais informações: WWF (World Wildlife Fund) LIVING WATERS CAMPAIGN, mail:lhadeed@fint.org.

PRODUÇÃO ÉTICA DE BENS E SERVIÇOS
De acordo com as estimativas da ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT),
cerca de 250 milhões de crianças, com idades compreendidas entre os 5 e os 14 anos estão envolvidas em actividades económicas nos países em desenvolvimento.
As estatísticas da OIT indicam que 2 em cada 5 crianças em África (32% do total a nível mundial das crianças envolvidas em actividades económicas), 1 em cada 5 crianças na Ásia (61% do total mundial), 1 em cada 6 na América Latina (7% do total mundial) e 1 em cada 3 na Oceania são sujeitas a trabalho infantil. Só em África, todos os anos este número aumenta em 1 milhão e está a caminho dos 100 milhões no ano 2015.

Produção ética de bens e serviços, o que fazer?
As seguintes sugestões pretendem ajudá-lo a fazer compras numa perspectiva ética:
* Escolha bens fabricados/distribuídos por fabricantes e retalhistas com políticas éticas claras e respectivos códigos de conduta.
* Mantenha-se informado acerca das suas marcas preferidas; contacte o seu grupo de consumidores local para obter mais informações sobre elas. Junte-se a campanhas na internet para melhorar as práticas de emprego.
* Evite produtos e serviços oferecidos por empresas que apoiem regimes opressivos.
* Boicote os produtores que pagam aos seus trabalhadores salários baixos ou utilizam trabalho escravo, ou cujos fornecedores apoiem a escravatura.
* Sempre que possível, escolha produtos/serviços com a etiqueta ‘SEM trabalho infantil’.
* Se possível, escolha produtos/serviços com a etiqueta ‘SEM testes em animais’.
* Boicote produtos/serviços que utilizam expressões enganadoras ou ofensivas.
* Troque informações ou experiências sobre ética e bens com outros consumidores.

INVESTIDOR ÉTICO
O que deve ter em conta o investidor ético para decidir onde investir o seu dinheiro? Aqui estão alguns indicadores:
* O que a empresa faz?
* Qual a posição da empresa relativamente a políticas sociais e questões ambientais? Utiliza energias alternativas?
* Fornece informações sobre o impacto ambiental de toda a sua cadeia de produção?
* Qual a posição da empresa enquanto entidade empregadora (mulheres, minorias, horários flexíveis, conjugação de empregos, etc.)?
* A empresa está envolvida em iniciativas e projectos comunitários locais?

BIODIVERSIDADE
Os seres humanos partilham o planeta com pelo menos 15 milhões de outras espécies. Todas as espécies desempenham um papel na construção e manutenção de ecossistemas complexos que suportam todas as formas de vida. Existem espécies a desaparecer a um ritmo alarmante. A taxa actual de extinção não é clara, mas os cientistas estimam que é entre 1 000 e 10 000 vezes superior à que existiria sem o desenvolvimento industrial descontrolado.

A ameaça de extinção aparece por uma série de razões interligadas. A devastação maciça de plantas e animais e dos seus habitats, a introdução deliberada de espécies estranhas aos ecossistemas, juntamente com as alterações climatéricas, a poluição e a doença, contribuem para ameaçar o equilíbrio ecológico entre as espécies.

É essencial para que a vida continue a existir em nosso planeta, conservar a biodiversidade, utilizar os recursos biológicos de forma sustentável e assegurar que os benefícios provenientes da sua utilização sejam distribuídos de forma justa.

Na União Europeia (UE) e noutros países, os governos estão a fazer grandes esforços para responder às exigências de informação dos consumidores sobre aspectos ambientais ou de saúde relativos aos produtos e serviços.
A utilização dos rótulos é um dos instrumentos mais comuns que os governos possuem para fornecer aos consumidores informação clara e segura do ponto de vista das características ecológicas e éticas de um produto.

Rótulos e Etiquetas ambientais (de entre aquelas que são reconhecidas pelos governos)
1. Anjo Azul (Alemanha)
2. Etiqueta ecológica da U.E.
3. Selo Verde (E.U.A.)
4. Escolha pela Terra (Canadá)
5. Etiqueta Ambiental da China
6. Japão
7. Cisne Branco Nórdico
8. Áustria
9. Tailândia
10. Índia
11. Israel
12. Milijeukeur (Holanda)
13. Ambiente 2000 (Zimbabwe)
14. Coreia do Sul
15. Aenor (Espanha)
16. Etiqueta Verde da Tailândia
17. Etiqueta Verde (Hong Kong)

Mas tenha cuidado! Apenas alguns rótulos são oficialmente reconhecidos pelos governos e respondem a critérios restritos e credíveis.

De entre as mais conhecidos rótulos ecológicos da UE destacam-se o Anjo Azul alemão, o Cisne nórdico e o AB (agricultura biológica) francês.

Nos EUA, o sistema Energy Star é utilizado para informar os consumidores da eficiência energética das TIC. Este sistema é atualmente adoptado pela UE.

Empresas e governos estão sujeitos ao crescente escrutínio do público em geral.

Quanto mais as pessoas pressionarem as empresas a mudarem para métodos mais sustentáveis de produção e de marketing , maior é a probabilidade de estas mudarem.

Se os produtores quiserem manter a confiança dos consumidores têm de demonstrar que estão atentos às suas necessidades e preocupações.

COMPRAR
Não comprar nada é irreal, mas é essencial parar com o excesso de compras.
Antes de comprar, o que fazer?
Você decide como gasta o seu dinheiro. Escolha marcas amigas do ambiente e mais sustentáveis e passe uma mensagem forte aos supermercados e retalhistas. Aqui tem algumas sugestões:
* Pense antes de comprar. Pense naquilo de que necessita, não no que deseja.
* Leia os rótulos: se não contiverem informações claras e suficientes não tenha medo de perguntar.
* Seleccione produtos e serviços com rótulos ambientais e éticos.
* Sempre que possível, compre bens sazonais e produzidos localmente.
* Escolha produtos que contenham percentagens significativas de materiais reciclados ou componentes remanufacturados ou que sejam facilmente detrioráveis e/ou recicláveis.
* Compre diretamente. Se tiver acesso à Internet, compre ‘virtualmente’ sempre que puder e reduza nos transportes e na poluição relacionada com estes. Se for utilizada com inteligência, a Internet pode contribuir para o consumo mais sustentável.


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FONTE :
Texto de Brasil-PNUMA - Programa
http://www.brasilpnuma.org.br/pordentro/guia_consumo.pdf

Imagens:
http://www.brasilpnuma.org.br/pordentro/guia_consumo.pdf
http://assets.wwf.org.br/downloads/living_planet_report_2008.pdf
http://www.achetudoeregiao.com.br/ATR/Culinaria/culinaria.gif/piramide_veg.jpg
http://www.canalkids.com.br/meioambiente/sos/imagens/poluicao.gif
http://www.apartmenttherapy.com/ol-images/sf/uploads/nhcplogo5-3.jpg

domingo, 9 de novembro de 2008

Patricia Martello en Buenos Aires


La creadora del Proyecto Fénix y Directora de Biodanza Desarrolo Vital estará guiando sus talleres de reafirmación existencial y danzas vitales de arquetipos en Buenos Aires, a partir del 30 de Noviembre y hasta el 17 de Diciembre.

En este período Patricia dará talleres de fines de semana y también clases cortas por la tarde.
Si estas interesado/a en participar, o saber de estos talleres de transformación y crecimiento existencial, mandanos un correo a:

info@biodanza.co.uk


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Patricia Martello es miembro activo del Instituto de Medicina Complementaria en Inglaterra (Institute of Complementary Medicine) y miembro acreditado del Registro Británico de Profesionales de Medicina Complementaria ( British Register of Complementary Practitioners)

Pionera del sistema Biodanza en el Reino Unido, Japón, Holanda, Eslovenia, Grecia y Dinamarca. Ex Directora de las escuelas de Tokio y Paris.

Actual Directora de las Escuelas de Biodanza de Londres, Brighton y Amsterdam.

Ex presidenta de la Asociación Centro Buenos Aires de Biodanza y ex miembro del cuerpo docente de la Escuela de Biodanza de Buenos Aires.

Con extraordinaria energia vital y creatividad, apoyó el proyecto de apertura de las escuelas de Biodanza de Edinburgo, Bristol, Bruselas, Roterdam, Amberes y Johanesburgo.

Su ultima creación, el Proyecto Fenix, es el resultado de mas de 25 años de experiencia internacional y esta apoyado intelectualmente en las ideas y pensamientos de Jane Houston, Rolando Toro y Carl Jung.

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Para Quién es Biodanza?
por Patricia Martello

Para personas sensibles porque ellos sienten el arte vibrar.
Para personas que han vivido y están intentando vivir cada día mejor.
Para los artistas pues ellos poseen el ojo del éxtasis.
Para los que desean vivir con intensidad los actos más sencillos y simples;
pues ellos son los dueños de la belleza de la vida.
Para los que tienen el corazón abierto lleno de amor;
porque ellos encontrarán la harmonía y la paz en los abrazos.
Para los que aman la música porque ella pasa por sus venas.
Para los que danzan porque ellos saben del movimiento emocionado pleno de sentido.
Para el que está cansado y fatigado, y también para el solitario.
Para el inteligente, el talentoso y el brillante.
Para las embarazadas, los niños, los adultos y los viejos.
Biodanza es lo profundo del misticismo de la vida.
Biodanza es para mí...
Para los que aman la naturaleza porque ellos la sienten en la piel.
Para los que necesitan despertar, salir, correr.
Para los que quieren amar.
Para los que no necesitan nada, porque son bellos siendo tal cual son.
Para el iluminado porque dará su luz.
Para los poetas, porque concocen y viven en la vivencia de la poesía.
Para el temeroso porque finalmente encontrará la otra cara del miedo ... el deseo.

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FONTE: Mensagem recebida por e-mail em 05/11/2008


Para ver todos os posts "Grupos de Biodança" clique aqui

domingo, 2 de novembro de 2008

Teia de Meditação e Constelação Familiar


Com o objetivo de dar continuidade à Teia de Meditação, bem como expandir o trabalho com as Constelações Familiares, convidamos você a participar de encontros semanais de meditação e Constelação Familiar no Instituto Budokai.

INÍCIO

Terça, 04 de novembro, às 19h:30min às 21h30min.


PÚBLICO ALVO

Pessoas que estejam na busca do autoconhecimento

FUNCIONAMENTO


Reuniões às Terças-Feiras; sendo a primeira terça do mês meditação e as outras seguintes Constelação Familiar, mas sempre faremos uma meditação no início, mesmo nos dias de Constelação.


HORÁRIO

19h30min (com 10 minutos de tolerância, antes de fechar a sala.) às 21h:30min


LOCAL - FORTALEZA/CE


Instituto Budokai - Rua Marvin, 600 – Cidade dos Funcionários - Fone: 85-3271.3954

Referência 1: Pela Av. Washington Soares no sentido Unifor – 6 Bocas, dobre na esquina da Casa Pio (Pátio Água Fria) à direita, e no quarto quarteirão à esquerda.


Referência 2: Pela Av. Oliveira Paiva no sentido Castelão – 6 Bocas, dobre à direita no sinal antes dos Correios, faça o retorno para cruzar a Oliveira Paiva, no terceiro quarteirão à direita, e no próximo à esquerda.


CONDIÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO:

Para participar do grupo é necessária inscrição prévia. Será preciso levar uma almofada ou travesseiro para a meditação.

VAGAS

Limitadas (Favor fazer a sua inscrição antecipadamente: 85-3271.3954);

INVESTIMENTO:

Para ser integrante do grupo será cobrada uma taxa de R$ 10,00 (para despesas de aluguel da sala); sendo o primeiro mês gratuito;

Já para informações de investimento para fazer a sua constelação Familiar, ligue para os fones: 85-271.3954 (Instituto Budokai) / 3229.8511 (Estação Zen)

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:

Ashara (coordenador) - (85) 3229.8511 / 8867.8511

Evandro Moreira
(Assistente) – (85) 3466.2107 / 9924.3291

Instituto Budokai
– (85) 3271.3954

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FONTE: informações recebidas por e-mail

terça-feira, 28 de outubro de 2008

ESTUDO AFIRMA QUE ESTILO DE VIDA DO SER HUMANO ESTÁ ACIMA DA CAPACIDADE DO PLANETA

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/28102008/40/saude-estudo-diz-estilo-vida-homem.html

Genebra, 29 out (EFE).- A Terra perdeu, em pouco mais de um quarto de século, quase um terço de sua riqueza biológica e recursos, e no atual ritmo, a humanidade necessitará de dois planetas em 2030 para manter seu estilo de vida, advertiu hoje o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, por sua sigla em inglês).

A demanda da população excede em cerca de 30% a capacidade regeneradora da Terra, segundo o Relatório Planeta Vivo 2008, divulgado por esta organização ambientalista a cada dois anos sobre a situação ambiental dos ecossistemas.

"O mundo está lutando atualmente com as conseqüências de ter supervalorizado seus ativos financeiros. Mas uma crise muito mais grave ainda virá: um desastre ecológico causado pela não valorização de nossos recursos ambientais, que são a base de toda a vida e da prosperidade", disse o diretor-geral da WWF, James Leape.

O estudo mostra que mais de 75% da população mundial vive atualmente em países que são "devedores ecológicos", onde o consumo nacional superou sua capacidade biológica de regeneração.

"A maioria de nós segue alimentando nosso estilo de vida e nosso crescimento econômico extraindo cada vez mais o capital ecológico de outras partes do mundo", afirmou Leape.

"Se as demandas em nosso planeta continuarem crescendo no mesmo ritmo, em meados dos anos 30 necessitaremos do equivalente a dois planetas para manter nosso estilo de vida", acrescentou.

O relatório, elaborado desde 1998, revela que o Índice Planeta Vivo (IPV) caiu quase 30% desde 1970. Isto significa que se reduziram nessa proporção aproximadamente 5 mil povoações naturais de cerca de 1.686 espécies, uma taxa superior a de 25% do relatório de 2006.

Estas perdas se devem a fatores como desmatamento, poluição, pesca proibida, impacto de diques e mudança climática.

"Estamos atuando ecologicamente (...) buscando a gratificação imediata sem olhar as conseqüências", lamentou Jonathan Loh, co-diretor da Sociedade Zoológica de Londres.

Segundo o estudo, que mediu a "pegada ecológica da humanidade", ou a deterioração que as atividades humanas produzem nos sistemas naturais, estas utilizaram uma média de 2,7 hectares globais por pessoa, enquanto a capacidade dos sistemas de absorver o impacto só chega a 2,1 hectares em média por pessoa.

Os Estados Unidos e a China contam com as maiores pegadas ecológicas nacionais. Cada um conta com 21% da capacidade global de absorver o impacto, no entanto os dois países "consomem" uma parte muito maior dos recursos.

Assim, cada cidadão dos EUA requer uma média de 9,4 hectares globais, enquanto que os chineses usam uma média de 2,1 hectares.

Além disso, oito nações - EUA, Brasil, Rússia, China, Índia, Canadá, Argentina e Austrália - contêm mais da metade dessa capacidade global.

No entanto, EUA, China e Índia, devido a suas povoações e hábitos de consumo, são "devedores ecológicos", com pegadas ecológicas superiores às suas capacidades, pois a excedem, respectivamente, 1,8 vezes, 2,3 vezes, e 2,2 vezes.

Estes dados contrastam com os do Congo, com uma capacidade de absorver o impacto de quase 14 hectares globais por pessoa e que só utiliza 0,5 por habitante, mas que enfrenta um futuro de degradação ambiental pelo desmatamento e pelas crescentes demandas de uma população em crescimento e por pressões para exportar seus produtos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PRECICLAR - Contribuição para a diminuição do lixo

Você sabia que 40% do que compramos é lixo?


Preciclar é uma atitude anterior à necessidade de reciclagem. Preciclar é se perguntar sobre que tipo de material vem embutido em todas as etapas de produção do produto que você está querendo comprar. Logo de cara você se dá conta de que o que você está comprando vem embalado de alguma forma.


Aí você se pergunta: Essa embalagem pode ser reutilizada? Pode ser reciclada? Pode ser transformada em outro produto para uso? Qual o seu nível de biodegradação? Caso não possa ser reaproveitado, quanto tempo leva para ser absorvido pela natureza, já que seu destino será o lixo? Caso a resposta seja um enorme espanto de impacto ambiental, você pode tentar comprar outro produto mais aproveitável, mesmo sendo um pouco mais caro.


E o que restará do produto que você está querendo comprar depois que você o utilizar? Também poderá ser reciclado, reutilizado? Qual o impacto que o mesmo irá causar na natureza se for para o lixo?


Para não piorar a poluição plástica, podemos adotar hábitos simples de preciclagem como:

- levar de casa nossa sacola não descartável para ir às compras;

- recusar aqueles saquinhos plásticos inúteis e desnecessários, como os que nos dão na farmácia para acondicionar uma caixinha que cabe na nossa bolsa. O que fazemos com aquele saquinho quando chegamos em casa? Jogamos no lixo, ou seja, em algum lugar do planeta;

- evitar consumir copos descartáveis. No trabalho, adote canecas de louça. Se você usar 4 copos plásticos por dia útil de trabalho - 2 para cafezinho e 2 para água -, ao final do mês você terá jogado no lixo 88 copos. Ao final de 1 ano - 11meses, descontando suas férias - você terá jogado no lixo 968 copinhos.


Nossa responsabilidade com o meio ambiente e com uma vida melhor para todos começa com nossas escolhas conscientes e não simplesmente pelo que está ofertado na prateleira. Nós temos responsabilidade também sobre que tipo de produto está nos sendo ofertado.


Então, pesquise! Informe-se! Sua reponsabilidade como comprador, usuário, beneficiário, etc de produtos e/ou serviços recai também sobre todo o processo de fabricação e oferta dos mesmos. Você se torna conivente indireto.

sábado, 25 de outubro de 2008

LIXO - O QUE FAZER?

O lixo continua existindo depois que o despachamos para a lixeira. A lixeira não é um desintegrador mágico do lixo e não há como não produzir lixo, mas podemos contribuir para a diminuição de sua produção.

Como? Pensando antes de comprar (40% do que compramos é lixo), reduzindo o desperdício, reutilizando sempre que possível e separando os materiais recicláveis para a coleta seletiva. Tem coisas que a gente só não faz por não saber como. E aqui vão algumas explicações e informações úteis sobre lixo, separação do lixo, danos do lixo ao meio ambiente, coleta seletiva, reciclagem, etc.

Reciclar significa transformar objetos materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este procedimento trás para o planeta Terra e para a vida como um todo.

Desde a década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis aumentou significativamente, assim como a produção de lixo, principalmente nos países industrializados. Muitos governos e ONGs (Organizações Não Governamentais) estão cobrando das empresas posturas responsáveis. Neste sentido, o desenvolvimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. A população em geral, principalmente nas grandes cidades e em comunidades que prezam o meio ambiente e uma vida saudável também começam a cobrar mais fortemente das empresas e/ou indústrias essa postura ambiental. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de vidro, alumínio, plástico e papel, já são corriqueiras em várias cidades do mundo.

No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera renda. Esta reciclagem ajuda a diminuir significativamente a poluição da água, do ar e do solo. Muitas empresas estão reciclando materiais como uma maneira de diminuir os custos de produção de seus produtos.

Outro importante benefício gerado pela reciclagem é a quantidade de novos empregos que ela tem gerado nos grandes centros urbanos. Muitas pessoas sem emprego formal (com carteira registrada) estão buscando trabalho neste ramo e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio, por exemplo, já são comuns nas grandes cidades do Brasil.

Diversos materiais têm um índice de reaproveitamento bastante significativo como, por exemplo, o alumínio que pode ser reaproveitado 100%. Derretido, ele volta para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas.
Várias campanhas de educação ambiental têm despertado a atenção para o problema do lixo nos grandes centros urbanos. Cada vez mais, os centros urbanos, com altos índices de crescimento da população, tem encontrado dificuldades em obter locais para instalarem depósitos de lixo (aterros).

Logo, a reciclagem mostra-se como uma solução viável do ponto de vista econômico, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos educadores a separarem o lixo em suas casas. Outro fato interessante é que já é muito comum nos grandes condomínios residenciais a reciclagem do lixo.

Em regiões de zona rural a reciclagem também está acontecendo. O lixo orgânico (sobras de vegetais, frutas, grãos e legumes) é utilizado na produção de adubo orgânico para ser usado na agricultura.

Como podemos verificar, se o ser humano souber utilizar os recursos que a natureza oferece, poderemos ter, muito em breve, um ambiente mais limpo
desenvolvido de forma sustentável.


Exemplos de Produtos Recicláveis e Ainda Não Recicláveis


VIDRO (VERDE ESCURO)

- Reciclável:
Potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc), Potes de armazenamento, Copos, Garrafas, Embalagens de molho, Frascos de v
idro, cacos de vidro, frascos de medicamentos.

- Ainda não recicláve
l:
Espelhos, Lâmpadas, Cerâmicas, Porcelanas, Cristal, Ampolas de medicamentos

- Cuidados especiais:
Devem estar limpos e sem resíduos. Podem estar inteiros ou quebrados
. Se quebrados devem ser embalados em papel grosso (jornal ou craft).


PAPEL (AZUL ESCURO)

- Reciclável:
Folhas e aparas de papel, Jornais, Revi
stas, Caixas, Papelão, Formulários de computador, Cartolinas, Cartões, Envelopes, Rascunhos escritos, Fotocópias, Folhetos, Impressos em geral, Tetra Pak

- Ainda não reciclável:

Adesivos, Etiquetas, Fita Crepe, Papel carbono, Fotografias, Papel toalha, Papel higiênico, Papéis engordurados,
Metalizados, Parafinados, Plastificados, Papel de fax

- Cuidados especiais:

Devem estar secos, limpos (sem gordura, restos de comida, graxa), de preferência não amassados. As caixas de papelão devem estar desmontadas por uma questão de otimiza
ção do espaço no armazenamento.


METAL (AMARELO)

- Reciclável:
Latas de alumínio, Latas de aço (de óleo, sardinha, molho de tomate), Ferragens, Canos, Esquadrias, Arame, pregos, tampas, tubos de pasta de alumínio, cobre, alumínio.

- Ainda não reciclável:
Clipes, Grampos,
Esponja de aço, Latas de tinta ou veneno, Latas de combustível, Pilhas, Baterias

- Cuidados especiais:
Devem estar limpos e, se possível, reduzidos a um menor volume (amassados)


PLÁSTICO (VERMELHO)

- Reciclável:
Tampas, Potes de alimentos, garrafas PET, Garrafas de água mineral, Recipientes de Limpeza, Higiene, PVC, Sacos plásticos, Brinquedos, Baldes, embalagens, sacolas de supermercado.

- Ainda não reciclável:
Cabo de panela, Tomadas, Adesivos, Espuma, Teclados de computador, Acrí
licos e, em algumas localidades, isopor

- Cuidados especiais:
Potes e frascos limpos e sem resíduos para evitar animais transmissores de doenças próximo ao local de armazenamento .


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As cores universais para coleta seletiva de todos os materiais para lixo

Atenção: Caso não seja possível separar por cores, basta separar os recicláveis dos não recicláveis. Materiais não recicláveis são aqueles que não podem ser reutilizados após transformação química ou física, porém muitos materiais não são reciclados no Brasil apenas por ainda não existir tecnologia para o tipo específico de material. Fique atento para comprar um produto cuja embalagem seja reciclável, pois, dependendo do material, ela poderá ir para o lixo comum no final do processo. A presença de lixo não reciclável no processo de reciclagem é um problema pois pode prejudicar a qualidade do produto final reciclado ou até quebrar a máquina que processa o material. Exemplos comuns de contaminação são cerâmicas, terra e louças na reciclagem do vidro que, como não são fundidos junto com o vidro, acabam formando pedras no produto final, provocando quebra espontânea do vidro.

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Tempo de absorção pela natureza de alguns materiais que jogamos no lixo

Veja abaixo uma relação de alguns materiais e o tempo que levam para serem absorvidas no solo.

• Papel comum: de 2 a 4 semanas
• Cascas de bananas: 2 anos
• Chicletes: 5 anos
• Latas: 10 anos
• Pontas de cigarros: de 10 a 20 anos
• Couro: 30 anos
• Embalagens de plástico: de 30 a 40 anos
• Cordas de náilon: de 30 a 40 anos

• Latas de alumínio: de 80 a 100 anos
• Tecidos: de 100 a 400 anos

• Vidros: 4.000 anos

Imagine esses números multiplicados pelas toneladas de lixo que são jogadas nos aterros e na natureza. Reflita bem sobre esses números e pense no que você pode fazer para diminuir esses impactos negativos sobre a vida em nosso planeta.

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Reduzir, Reutilizar, Reciclar

Qualquer iniciativa no sentido de redução dos impactos ambientais causadas pelo lixo humano, deverá absorver, praticar e divulgar os conceitos complementares de REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO e RECICLAGEM.

REDUZIR
Podemos reduzir significativamente a quantidade de lixo quando se consome menos de maneira mais eficiente, sempre racionalizando o uso de materiais e de produtos no nosso dia a dia. A título de exemplo, é possível editar e revisar documentos na tela do computador, antes de recorrer a cópias impressas; obter fotocópias em frente e verso; publicar informativos mensais ou semanais ao invés de produzir diversos memorandos; usar quadros de avisos para leitura coletiva, em substituição a circulares; omitir envelopes para correspondências internas; usar mais eficientemente os materiais de nosso cotidiano, como pilhas, pastas de dente, sapatos, roupas, etc. Uma observação considerável: os restaurantes que servem “comida a quilo” estão fazendo o maior sucesso: o mínimo desperdício possível.

REUTILIZAR
O desperdício é uma forma irracional de utilizar os recursos e diversos produtos podem ser reutilizados antes de serem descartados, podendo ser usados na função original ou criando novas formas de utilização. Exemplificando: podemos utilizar os dois lados do papel, confeccionar blocos para rascunhos com papel escritos ou impressos em apenas um dos lados; reutilizar envelopes e clipes; reutilizar latas, sacos e embalagens plásticas para vasilhames, produção de mudas e até mesmo brinquedos; triturar restos de materiais e entulhos de construção para reutilizá-los em construções simples.

RECICLAR
É o termo usado quando é re-feito, por industrias especializadas, o produto de origem industrial, artesanal e agrícola, que foi usado e descartado ao fim de seu ciclo de produção e utilização. A reciclagem vêm sendo mais usada a partir de 1970, quando se acentuou a preocupação ambiental, em função do racionamento de matérias-primas. É importante que todos se convençam não ser mais possível desperdiçar e acumular de forma poluente materiais potencialmente recicláveis.

Mesmo para quem mora em apartamentos ou casas pode começar a, pelo menos separar o lixo orgânico do reciclável. Já facilita a vida dos catadores. Caso não haja catadores de lixo em sua rua, separe o lixo reciclável e o deposite nos locais de recebimento desse tipo de lixo já existente na maioria das grandes cidades, médias e em algumas pequenas cidades.

Enfim, faça a sua parte! O tempo de não participação nos problemas de nossas cidades, de nossas sociedades e culturas, enfim, da vida em geral, já passou. Estamos na era da co-participação, do com-partilhamento, da co-responsabilidade, da co-operação. Participe!

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FONTES:
http://www.todabiologia.com/ecologia/reciclagem.htm
http://www.suapesquisa.com/reciclagem/
http://www.lixo.com.br/index.php
www.colmagno.com.br/meioambiente/sou_terra_D.gif