segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Seres vivos pedem socorro!!!!

Nós, seres humanos da nação brasileira, estamos assassinando, ativamente ou passivamente, milhares de espécies de imensos ecossistemas no que ainda resta de verde em nosso país. Hoje visitei o site Globo Amazônia - http://www.globoamazonia.com/ e fiquei estarrecida com a quantidade imensurável de focos de desmatamentos e queimadas em toda a região Norte, Centro-Oeste (MT e TO) e Maranhão.

No Mato Grosso e no Maranhão, quase não se vê mais abundância de florestas. O que ainda resta está contaminado de destruição em ação.

Em toda a região Norte, é absurda a destruição que observamos passivamente. Quanto mais você aproxima o zoom mais focos aparecem como uma praga, um câncer. Iniciei colocando meus protestos nos ditos focos com o zoom bem distanciando mas à medida que ia sendo necessário aproximar o zoom os focos se multiplicavam numa progressão geométrica. Vá lá e veja vc mesmo. É de arrepiar! Não podemos ficar omissos fazendo de conta que não temos nada a ver com aquela região e que o Governo é que é o responsável. O Governo é responsável sim, mas todos nós somos co-responsáveis.

Aí está um dos impressionantes registros (entorno da cidade de Marabá/PA) desse câncer que tem cor vermelha, queima, tem som de motosserra e, acima de tudo, está a serviço do capital de uns poucos grandes predadores. Iguais a isto tem vários outros.




















Os pontos marrons são focos de desmatamento e os pontos de fogo são queimadas!!!

Para vocês terem uma idéia do tamanho da ganância desses troços (não encontro um adjetivo que os qualifique adequadamente):

Segundo o Inpe (Institudo Nacional de Pesquisas Espaciais), o acumulado de devastação na Amazônia Legal é de 631.369 km2 até 31 de julho de 2002 (ver http://www.planalto.gov.br/casacivil/desmat.pdf)

A partir desta data, os dados de desmatamento são os seguintes, sempre segundo o Inpe:

25.247 km2 (agosto de 2002 até julho de 2003)
27.423 km2 (agosto de 2003 até julho de 2004)
18.846 km2 (agosto de 2004 até julho de 2005)
14.109 km2 (agosto de 2005 até julho de 2006)
11.532 km2 (agosto de 2006 até julho de 2007)

Total: 728.526 km2 (total)

Para se ter uma noção relativa aos dados acima, abaixo informo a superfície/área total de alguns estados do Brasil:
Amazonas - 1.570.745,680 Km² (maior estado do Brasil)
Pará - 1.247.689,515 Km² (2° maior)
Mato Grosso - 903.357,908 Km² (3° maior)
Maranhão - 331.983,293 Km² (8° maior)

sábado, 27 de setembro de 2008

Você - escritor, escritora

O Eu Autor é um espaço para leitores e escritores.

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O consumismo que mata o Planeta a cada dia

Gerar uma cultura biocêntrica não é e nunca será uma redução a discursos. É essencial atitude. E atitude importa em arregaçarmos as mangas, limparmos nossos armários e casas das idéias e todas as consequências de visão relacionadas a um mundo antropocêntrico.

Reproduzo aqui um, muito bem escrito, artigo de Giuliana Reginatto e Cecilia Nascimento sobre o assunto para compartilhar com vocês. Cada qual faça a sua parte na construção de uma comunidade que efeticamente busca o respeito à vida, a saúde integral e a integração harmoniosa dde todos os diferentes habitantes desta nossa linda casa Terra que vem sendo destruída irresponsavelmente e cruelmente.

Um abraço,

Irene Nousiainen

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FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/18092008/25/entretenimento-consumismo-mata-planeta-dia.html

O consumismo que mata o Planeta a cada dia

Por Giuliana Reginatto e Cecilia Nascimento

São Paulo, 18 (AE) - Para que o Planeta Terra e, dentro dele, o Brasil, continuem a ser habitáveis para as próximas gerações, é preciso abandonar valores externos, que servem a outras nações mas ferem a individualidade nacional. O principal deles, segundo especialistas em meio ambiente, é o padrão de consumismo aprendido há décadas com os EUA. Em suaves prestações, a conta dessa dependência cultural começa a ser paga: modos de vida que o País é incapaz de sustentar sem depredar os próprios recursos.

"No Brasil, o consumo está relacionado ao status, faz o sujeito se identificar com a classe média. Isso reflete a baixa auto-estima do brasileiro. É uma noção de bastardia, um complexo de povo colonizado que se arrasta desde os tempos da Metrópole portuguesa", analisa o sociólogo e antropólogo Maurício Waldman, doutor em geografia.

Waldman trabalha diante do computador, mora perto da Avenida Paulista, centro financeiro de São Paulo, e adora carne - embora tenha reduzido o consumo: não pairam sobre ele imagens sempre associadas a ambientalistas importantes: 'bicho-grilo', vegetariano ou habitante de alguma vila paradisíaca do Nordeste. "Preservar a natureza não é ser 'ecochato'. Simplesmente não há Planeta para criar tanto boi, não há espaço para descartar tanto lixo. As pessoas terão de rever os padrões de consumo. Não basta só se engajar em movimentos a favor dos golfinhos."

Sem carro há nove anos, Waldman alterna passeios a pé e de bicicleta. "Quando é necessário uso o transporte público, não sou radical, mas venho diminuindo o impacto ambiental que mais um automóvel provocaria na cidade. O Denatran calcula que em 2050 serão 5 bilhões de carros. A Terra tem 6 bilhões de pessoas, será uma situação insustentável, não há ar que resista. E não se faz ecologia só com boas intenções."

Para facilitar seu cotidiano em São Paulo , Waldman optou por trabalhar em casa. Assim, controla melhor o fluxo de produtos consumidos pela família: da compra ao descarte. "O Brasil responde por 6,89% do lixo domiciliar mundial, quase o dobro do aceitável. Nosso agravante é cultural: há uma falsa idéia de fartura, de recursos abundantes, como se nada fosse terminar. São observações simplórias sobre o assunto. Não basta fechar a torneira para economizar água. É preciso escolher alimentos que consumam pouca água na fabricação. Um quilo de carne vermelha consome 100 litros, o suficiente para se tomar banho por quatro anos e meio."

Diretora técnica do Programa USP Recicla, a geógrafa Beth Lima também enfatiza a idéia de co-responsabilização do cidadão pelo impacto que ele provoca no ambiente. "É preciso trabalhar os costumes. Historicamente, sempre foi delegado a alguém cuidar do lixo: do gari que varre ao caminhão que coleta. Ninguém parece sentir-se responsável pelo destino final do produto comprado. Observa-se só a praticidade e as facilidades do produto, mas a responsabilidade do consumidor deveria se estender da compra até o descarte de seus resíduos. Essa é uma percepção a ser trabalhada com as novas gerações ", diz.

Infância ecológica

"Fecha a torneira, não vai ter água quando eu crescer!" Quem pede é Pedro, de três anos, um representante dessa nova geração que começa a olhar diferente para a natureza que há em volta. "Sempre que vê a torneira aberta ele diz isso. Também aprendeu a limpar o lixo: lava os potinhos e coloca no reciclado.

Recentemente, ganhou um kit de jardinagem e agora brinca de escolher ervas culinárias na chácara do avô para plantarmos em nosso apartamento", conta a mãe dele, Elisabete Giomo, 36 anos. Consumir alimentos cultivados em casa e outras práticas comuns no passado, como usar fraldas de pano e fabricar sabão à base de óleo, encontram resistência no Brasil apesar de conquistarem grande público na Europa. Não é à toa que certas alternativas ecológicas, como os coletores menstruais de silicone, reutilizáveis por dois anos, nem existem por aqui.

Na Internet, o inglês MoonCup (www.mooncup.co.uk/) e o finlandês Lunette (www.lunette.fi/english_index.html), são algumas das marcas disponíveis. Pode parecer idéia do tempo da vovozinha, mas é também daquela época um Rio Tietê, famoso no Brasil inteiro pelo mau cheiro atualmente, no qual se podia nadar e um céu menos cinza nos dias de verão.

POR QUE ELES AMEAÇAM O MEIO AMBIENTE?

ÓLEO

De acordo com Sabesp, 1 litro de óleo de cozinha é capaz de poluir 1 milhão de litros de água. Antes de jogá-lo ralo abaixo, saiba que é um dos principais responsáveis por entupimentos. De volta aos rios, por ser mais leve, fica na superfície, impedindo a oxigenação da água e causando a morte dos peixes. O melhor é reservá-lo em garrafas pet. Na Grande São Paulo, o Instituto Triângulo recolhe óleo gratuitamente. Basta ligar: (11) 4991-1112.

PLÁSTICO

O material em plástico pode levar até 100 anos para se degradar na natureza e acaba poluindo as águas. Um dos produtos preocupantes é a sacolinha plástica: em São Paulo, os ambientalistas estimam que elas correspondam a 18% das 15 mil toneladas de lixo produzidas diariamente. Em 2007, a Prefeitura de São Paulo criou a campanha 'Eu não sou de plástico', para promover o uso das sacolas de pano. Em alguns países, como o Canadá, as sacolas de plástico já são proibidas.

CARNE

Produzir uma libra de proteína de carne requer até 16 vezes mais água do que produzir a quantidade equivalente de proteína vegetal. Além de contribuir para a escassez de água, a pecuária estimula o desmatamento e o efeito estufa. Quase a metade da massa de terra do Globo é usada como pasto. Segundo a ONU, a produção de carne pode agravar a fome no mundo ao desviar grãos e terras férteis para sustentar gado ao invés de pessoas.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Mais um dos malefícios do consumo da carne

O que as pessoas comprometidas com um mundo melhor já descobriram há tempos, a ciência anda meio que a passos vagarosos em busca das soluções para que o ser humano não acabe sendo o protagonista de sua própria morte e de muitos outros seres vivos mais indefesos ante a nossa egocentricidade antropocêntrica. Mas, pelo menos vem se tentando, como se pode observar no artigo abaixo publicado pela BBC Brasil.

Quem realmente quiser conhecer de verdade os malefícios da carne no assassinato desses seres vivos, na saúde de todos os implicados e no planeta, assista as séries "Earthlings" (disponível neste blog em 10 partes - ver no índice "Filmes Curtas") e "A carne é fraca" (também disponível nesse blog).

Saúde e vida!

Irene Nousiainen

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Richard Black - 07/09/2008 06:41

'Comam menos carne', diz principal cientista da ONU

Segundo IPCC, pecuária lança mais gases do efeito estufa do que transporte.

As pessoas deveriam considerar comer menos carne como uma forma de combater o aquecimento global, segundo o principal cientista climático da Organização das Nações Unidas (ONU).

Rajendra Pachauri, que preside o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), fará a sugestão em um discurso em Londres na noite desta segunda-feira.

Números da ONU sugerem que a produção de carne lança mais gases do efeito estufa na atmosfera do que o setor do transporte.

Mas um porta-voz da União Nacional dos Fazendeiros da Grã-Bretanha disse que as emissões de metano de fazendas estão caindo.

Pachauri acaba de ser apontado para um segundo termo de seis anos como presidente do IPCC, o órgão que reúne e avalia os dados sobre clima dos governos mundiais, e que já conquistou um prêmio Nobel.

"A Organização da ONU para Agricultura e Alimentos (FAO) estima que as emissões diretas da produção de carne correspondem a 18% do total mundial de emissões de gases do efeito estufa", disse à BBC.

"Então eu quero destacar o fato de que entre as opções para reduzir as mudanças climáticas, mudar a dieta é algo que deveria ser considerado."

Clima de persuasão

O número da FAO de 18% inclui gases do efeito estufa liberados em todas as etapas do ciclo de produção da carne - abertura de pastos em florestas, fabricação e transporte de fertilizantes, queima de combustíveis fósseis em veículos de fazendas e as emissões físicas de gado e rebanho.

As contribuições dos principais gases do efeito estufa - dióxido de carbono, metano e óxido nítrico - são praticamente equivalentes, segundo a FAO.

O transporte, em contraste, responde por apenas 13% da pegada de gases da humanidade, segundo o IPCC.

Pechauri irá falar em um encontro organizado pela organização Compassion in World Farming, CIWF (Compaixão nas Fazendas Mundiais, em tradução-livre), cuja principal razão para sugerir que as pessoas reduzam seu consumo de carne é para reduzir o número de animais em indústrias pecuárias.

A embaixadora da CIWF, Joyce D'Silva, disse que pensar nas mudanças climáticas poderia motivar as pessoas a mudarem seus hábitos.

"O ângulo das mudanças climáticas pode ser bastante persuasivo", disse.

"Pesquisas mostram que as pessoas estão ansiosas sobre suas pegadas de carbono e reduzindo as jornadas de carro, por exemplo; mas elas talvez não percebam que mudar o que está em seu prato pode ter um efeito ainda maior."

Benefícios

Há várias possibilidades de redução dos gases de efeito estufa associados aos animais em fazendas.

Elas vão de ângulos científicos, como as variedades de gado geneticamente criadas para produzir menos metano em flatulências, até reduzir a quantidade de transporte envolvido, comendo animais criados localmente.

"A União Nacional dos Fazendeiros da Grã-Bretanha está comprometida em assegurar que a agropecuária seja parte da solução às mudanças climáticas, e não parte do problema", disse à BBC uma porta-voz do órgão.

"Nós apoiamos fortemente as pesquisas com o objetivo de reduzir as emissões de metano dos animais de fazendas, por exemplo, mudando suas dietas e usando a digestão anaeróbica."

As emissões de metano de fazendas britânicas caíram 13% desde 1990.

Mas a maior fonte mundial de dióxido de carbono vindo da produção de carne é o desmatamento, principalmente de florestas tropicais, que deve continuar enquanto a demanda por carne crescer.

D'Silva acredita que os governos negociando um sucessor ao Protocolo de Kyoto deveriam levar esses fatores em conta.

"Eu gostaria de ver governos colocarem metas para a redução de produção e consumo de carne", disse.

"Isso é algo que deveria provavelmente acontecer em nível global como parte de um tratado negociado para mudanças climáticas, e seria feito de forma justa, para que as pessoas que têm pouca carne no momento, como na África sub-saariana, possam comer mais, e nós no oeste comeríamos menos."

Pachauri, no entanto, vê a questão mais como uma escolha pessoal.

"Eu não sou a favor de ordenar coisas como essa, mas se houver um preço (global) sobre o carbono, talvez o preço da carne suba e as pessoas comam menos", disse.

"Mas, se formos sinceros, menos carne também é bom para a saúde, e ao mesmo tempo reduziria as emissões de gases do efeito estufa."

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FONTE:
http://noticias.br.msn.com/artigo_bbc.aspx?cp-documentid=10136622#toolbar