A seguir apresentamos alguns extratos do
JOVENS RUMO ÀS MUDANÇAS - kit de formação para o consumo sustentável – O GUIA
www.youthxchange.net - a caminho de estilos de vida sustentáveis
Um excelente guia publicado em 2002 pelo qual o Instituto Brasil PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, ambas agências da ONU, tentam mostrar aos jovens que é possível a qualquer pessoa converter as suas aspirações de um mundo melhor em ações de todos os dias.
O guia completo você encontra no endereço:
http://www.brasilpnuma.org.br/pordentro/guia_consumo.pdf
São argumentos importantes com sugestões factíveis de como cada um pode contribuir para o desenvolvimento sustentável de nosso planeta, cuja definição envolve muito mais que a vida humana somente.
Mesmo tendo sido o guia publicado tão recentemente (2002), pesquisas feitas pela WWF em 2008 já nos dão conta de que quase nada fizemos para minorar o problema. Ao contrário, a situação é grave, como vocês podem constatar no Relatório Planeta Vivo 2008.
O que é DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
(segundo a ONU)
“um desenvolvimento que satisfaça as necessidades do presente sem comprometer a
capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.”
O que é CONSUMO SUSTENTÁVEL
O Consumo Sustentável é um elemento essencial do desenvolvimento sustentável que procura soluções possíveis para desequilíbrios – sociais e ambientais – através de um comportamento mais responsável por parte de todos nós. O Consumo Sustentável está intimamente relacionado à produção e distribuição, utilização e rejeição de produtos e serviços e oferece uma forma de repensar o seu ciclo de vida.
O objetivo é assegurar que as necessidades básicas de toda a comunidade global sejam satisfeitas, reduzindo o excesso de consumo e evitando danos ambientais.
O Consumo Sustentável não trata apenas do custo ambiental da forma como produzimos e consumimos; os custos humanos e sociais também devem ser considerados, de modo a promover um nível de vida mais digno para todos. O papel do consumidor/cidadão global é essencial para forçar os governos, instituições reguladoras, ONGs e empresas a atuarem mais rápida e eficazmente.
A UNESCO e o PNUMA defendem que consumir menos é muitas vezes uma prioridade, mas nem sempre. Consumir de forma diferente e eficaz é o principal desafio. Em muitos casos, o que é necessário é redistribuir por todos a oportunidade de consumo.
Mais de 2 bilhões de pessoas no mundo necessitam de mais recursos, apenas para sobreviver. Pensa-se que a população mundial irá aumentar 50% até ao ano 2050, atingindo um total de 9 bilhões de pessoas. Prevê-se que praticamente todo o crescimento ocorra no mundo em vias de desenvolvimento.
Metade da população mundial tem menos de 20 anos e 90% destes vivem em países em vias de desenvolvimento.
Isto irá provocar uma enorme pressão nos nossos recursos naturais, na biodiversidade e no equilíbrio ecológico do planeta, a que todos nós chamamos casa. É necessário alterar a forma como vemos os nossos recursos e, ainda mais importante, a forma como os utilizamos. Promover o Consumo Sustentável é mais urgente do que nunca. Os jovens são impulsionadores cruciais da economia global e serão dos principais intervenientes e motores da mudança no futuro próximo. Desta forma, a energia, a motivação e a criatividade dos jovens são elementos essenciais para a mudança.
Uma forma de ver esta questão é através do Factor 4 e do Factor 10 que defendem que deveríamos ser capazes de viver duas vezes melhor utilizando metade dos nossos preciosos recursos nas próximas décadas. Temos também de melhorar dez vezes mais a eficiência dos recursos nos países industrializados até 2050. Os padrões de produção e de consumo têm de se tornar mais eficazes (entre 4 a 10 vezes) se quisermos um acesso aos recursos mais equilibrado e duradouro para todos.
Se continuarmos com os nossos padrões atuais de consumo, o futuro não será risonho.
Atualmente, as estimativas mostram que o nosso planeta está a perder, ano após ano, uma área de terra fértil aproximadamente do tamanho da Irlanda, como consequência do excesso de fertilização e da desflorestação - processos que retiram à terra os seus nutrientes vitais tornando-se infértil. Por quanto tempo pode manter-se esta situação?
Quanto mais desrespeitarmos o ambiente, mais nos colocamos em risco, bem como às gerações futuras. A saúde do planeta é a nossa saúde. Todos os dias extinguem-se 50 espécies de plantas. Quantas serão ao fim de uma semana, de um mês, de um ano? Os cientistas acreditam que as plantas escondem segredos que permitirão encontrarcuras para muitas doenças. Por isso, cada espécie perdida não só causa danos irreparáveis para o ecossistema, como representa uma oportunidade perdida para o nosso futuro desenvolvimento.
Os números apresentados pelo Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF, World Wildlife Fund) mostram que um cidadão médio necessita por ano de 2,3 hectares (um hectare é igual ao tamanho de um campo de futebol), para produzir aquilo que consome e para, em seguida, ter onde colocar o excedente. Além disso, a cada ano que passa necessitamos de mais meio hectare do que no ano anterior. Isto representa mais 40% do que é sustentável.
Será que, então, todos temos a mesma responsabilidade? Não, não é bem assim. Um europeu deve duplicar essa responsabilidade; um norte-americano multiplicacá-la por 25. E um cidadão do Bangladesh deve dividi-la por três. Isto também nos mostra a forma como o consumo está gravemente desequilibrado.
20% das pessoas mais ricas do mundo consome cerca de 75 % dos recursos naturais do planeta. Pense nisto: os EUA representam 6% da população mundial mas consomem uns esmagadores 30% dos seus recursos. A riqueza dos 225 indivíduos mais ricos do mundo equivale ao rendimento anual de 47% da população mundial mais desfavorecida, ou seja, 2,5 mil milhões de pessoas.
Muitas pessoas pensam que o planeta não produz o suficiente para alimentar a sua população. Errado. A distribuição desigual dos alimentos é o principal motivo pelo qual existem, actualmente, 800 milhões de pessoas subnutridas no mundo. Num contraste cruel, um relatório britânico publicado no ano 2000 revelou que todos os anos, cerca de 400 milhões de libras esterlinas (aproximadamente 507 milhões de euros) em alimentos que acabam – desperdiçados! – em aterros ou incineradoras. Ainda mais grave, um estudo do governo norte-americano mostrou que mais do que um quarto de todos os alimentos produzidos neste país não chegam a ser consumidos.
Saúde é riqueza, assim o diziam os antigos. Cada vez mais as pessoas optam por estilos de vida saudáveis e estão mais preocupadas com a saúde. Cuidar da saúde deveria igualmente significar cuidar da saúde do planeta. As alterações no estilo de vida das pessoas devem beneficiar o planeta do mesmo modo que a si próprias.
OS ALIMENTOS
Os alimentos são um elemento de ligação entre ambos. Muitas pessoas estão a escolher produtos alimentares mais saudáveis, produzidos através de processos que provocam danos mínimos ao ambiente e que tratam os animais de uma forma mais humana. Além disso, as pessoas procuram alimentos seguros que não contenham surpresas desagradáveis.
Os consumidores começam a apoiar as empresas que evitam o desperdício de alimentos. Exigem mais informações sobre os produtos à venda nas prateleiras dos supermercados – esta lata de tomates é um OGM (Organismos Geneticamente Modificados)? A carne que quero comprar tem hormonas? Todas estas questões são importantes e as pessoas procuram informações para que possam decidir livre e conscientemente.
O que fazer?
Coma e beba o mais saudavelmente possível: mais alimentos frescos, menos aditivos e menos alimentos processados.
* Evite os OGMs (até que o seu impacto seja conhecido) e a carne de produção intensiva.
* Evite os alimentos não sazonais, importados de países distantes.
* Informe o seu supermercado da necessidade de haver rótulos com informações sobre os alimentos que consome.
* Tome suplementos alimentares apenas se realmente sentir necessidade. Escolha os compostos por ingredientes naturais em vez de imitações químicas.
* Informe-se sobre os ‘Es’ - a designação numérica dos aditivos (E000), que dão artificialmente, cor e sabor aos alimentos (evitar os corantes E100 a 180, em particular, o dióxido sulfúrico E220, os anti-oxidantes E320 a 321 e o glutamato monossódio E621. Para mais informações:
www.hacsg.org.uk/myweb/summary
Consumir alimentos da agricultura biológica ou optar por um regime vegetariano são escolhas sobre o modo como se quer viver. Muitas vezes estas escolhas são também benéficas para o ambiente. Uma refeição de frango em vez de carne de bovino tem um impacto ambiental 15 vezes menor. Uma pessoa, cuja dieta não contemple carne, evita a destruição de mais de 4 000 m2 de árvores por ano.
OS PRODUTOS QUÍMICOS
Existem pequenos passos que podemos dar para reduzir a utilização de químicos:
* Informe-se sobre o que contêm, e quais os efeitos provocados, tanto em si como no ambiente, os produtos de limpeza, de higiene e cosméticos. Prefira sempre os biodegradáveis.
* Utilize sempre que possível produtos amigos do ambiente e produzidos “cruelty-free” (não testados em animais), utilize sempre a menor quantidade possível (em geral, um pouco
menos do que é recomendado).
* Pense com cuidado quando tiver de lavar a roupa. Evite a limpeza a seco, porque os líquidos frequentemente utilizados contêm muitas vezes químicos muito poluentes.
* Se tiver de utilizar pesticidas, escolha os mais inofensivos.
* Quando for ao médico, pergunte-lhe sempre qual o medicamento mais suave, mas que combata eficazmente a doença.
* Analise o seu armário dos medicamentos e entregue na farmácia todos aqueles que estão fora do prazo. Leve os medicamentos ainda dentro da validade, mas de que não precisa e entregue-os a instituições de apoio a pessoas necessitadas.
MOBILIDADE
A dependência do carro tornou-nos preguiçosos. Quase 1 em cada 3 viagens com menos de 8 km nas grandes cidades são feitas de carro. Claro que os veículos a motor são também essenciais para a vida moderna. Mas uma utilização mais responsável do veículo pode trazer outras vantagens, tornando as cidades mais limpas, mais saudáveis e mais seguras. As viagens curtas contribuem para agravar os níveis de poluição: uma viagem de carro de 5 km emite 10 vezes mais dióxido de carbono por passageiro do que um autocarro e 25 vezes mais do que um comboio.
Utilizar carros, o que fazer?
Congestionamento, ar poluído, barulho... as nossas cidades estão a tornar-se cada vez mais inabitáveis. O que podemos fazer?
* Ande a pé, de bicicleta ou de patins. As bicicletas são o meio de transporte mais eficiente em termos de energia – 80% da energia do ciclista é transformada em movimento. É rápido e põe-no em forma!
* Partilhe o carro/organize boleias sempre que puder. Partilhar o carro permite que várias pessoas utilizem um carro, organizar boleias disponibiliza um ou mais carros para um grupo de pessoas. Ambas as alternativas reduzem o tráfego, poupam combustível e reduzem os níveis de poluição, a energia gasta por passageiro e os custos da manutenção dos veículos.
* Em alternativa, se apenas necessitar de um carro periodicamente, alugue-o.
* Transporte Público. Os comboios e os autocarros são geralmente as opções mais ecológicas uma vez que transportam mais pessoas, poluem menos e utilizam menos energia por passageiro.
* Compre veículos a motor ‘verdes’ e mantenha-os em bom estado. Antes de comprar verifique: a eficiência, desempenho ao nível de poluição; a capacidade de utilizar gasolina sem chumbo; e a durabilidade do seu carro ou mota.
* Conduza com cuidado. Evite acelerações e travagens bruscas. Uma condução agressiva causa um maior consumo de combustível e mais poluição. Desligue o motor em caso de uma espera fora do tráfego superior a 30 segundos. Não espere demasiado tempo para usar as mudanças.
Turismo, o que fazer?
Há várias coisas que podemos fazer para reduzir o nosso impacto enquanto turistas, como por exemplo...
* Escolha opções de viagem que tenham um maior benefício para a população anfitriã.
Regatear preços mais baixos, quando comprar recordações, pode significar exploração.
* Poupe os preciosos recursos naturais. Não desperdice água nem energia. Evite utilizar poluentes, como detergentes, em riachos e nascentes.
* Deite fora o lixo. Queime ou enterre o papel e separe todo o lixo não degradável.
* Deixe as plantas florescer no seu habitat natural. Em muitas partes do mundo é ilegal apanhar plantas, sementes e raízes.
* Apoie o comércio e o artesanato locais. Compre recordações produzidas localmente sempre que possível.
* Respeite os direitos de propriedade. Em locais tribais, os turistas devem comportar-se como em propriedades privadas.
* Informe-se sobre o país que está a visitar – isso ajudá-lo-á a respeitar a cultura local e abrir-lhe-á portas. Em muitos países são preferíveis roupas soltas e leves a roupas muito justas. Dar beijos em público, é muitas vezes, culturalmente inapropriado.
Assim... tal como recomenda o AMERICAN SIERRA CLUB: tire apenas fotografias; deixe apenas pegadas!
ENERGIA
Durante séculos a humanidade utilizou os recursos da Terra sem se preocupar com o futuro. A utilização global de energia aumentou cerca de 70% durante os últimos 30 anos. Mais ainda, prevê-se que a utilização de energia aumente 2% por ano nos próximos 15 anos.
A natureza demorou milhões de anos a acumular a quantidade de petróleo consumida em todo o mundo num único ano. Estima-se que as reservas de petróleo se possam esgotar em 60 anos. Os nossos recursos tradicionais de energia – carvão e petróleo – são combustíveis fósseis. O seu nome deve-se ao facto de terem sido formados ao longo de milhões de anos, a partir de despojos de animais e plantas mortos e fossilizados.
Infelizmente, as energias eólica, solar, geotérmica, da biomassa e hidroeléctrica ainda não são muito utilizadas. Porquê? As políticas energéticas dos governos favorecem as fontes de energia tradicionais. Há falta de investimento de capital, de fundos para investigação e de campanhas de sensibilização sobre recursos alternativos. No entanto, isto irá mudar no futuro próximo, à medida que estas tecnologias energéticas mais limpas se vão expandindo e se tornam mais eficientes. Depois dos automóveis, a energia é a maior fonte de poluição na Terra.
Poupar energia, o que fazer?
Aqui estão alguns exemplos de como poupar energia em casa:
* Desligue! Um aparelho de TV em standby pode utilizar 1/4 da energia que utiliza quando está ligado.
* Compre lâmpadas fluorescentes compactas, que poupam energia. Desligue as luzes nas divisões vazias.
* Reduza alguns graus no termostato. Se sentir frio, vista mais roupa antes de aumentar a
temperatura do aquecimento central.
* Não utilize mais água quente do que aquela de que necessita – tome duchas.
* Ligue, sempre que possível, os eletrodomésticos às tomadas. As pilhas gastas são altamente poluentes. Se tiver de utilizar pilhas, utilize as pilhas recarregáveis
* Isole portas e janelas, em lugares mais frios.
* Certifique-se de que os eletrodomésticos velhos são substituídos por outros que consomem
menos energia.
ÁGUA
Pode passar-se sem alimentos durante cerca de 1 mês, mas apenas 5 a 7 dias sem água.
97% da água do nosso planeta é água dos oceanos, que não é utilizável pelo Homem.
Menos de 1% da água de todo o mundo está disponível para beber e para outros fins, incluindo a agricultura e a indústria. O seu abastecimento vem dos rios, barragens e fontes subterrâneas.
Se considerarmos o aumento atual da procura, em 2025, dois terços da população mundial podem enfrentar graves faltas de água. Em alguns lugares já deverá ter-se esgotado.
Uma grande parte da população da Terra – 2 mil milhões de pessoas – não tem acesso a água potável. Mais de 4 mil milhões de pessoas em todo o mundo não têm água canalizada em casa. Nalgumas partes de África, mulheres e crianças chegam a transportar 20 litros de água, muitas vezes durante 5 horas, desde a fonte de água mais próxima. Nos países industrializados, uma casa urbana média com 4 a 6 pessoas utiliza 640 litros de água por dia.
Uso racional da água, o que fazer?
Se nos esforçarmos para mudar a forma como usamos a água, podemos fazer diferença.
Quanto menor for a quantidade de água nos rios, mais concentrada se torna a poluição. O
que podemos fazer para poupar água?
* Tome duche, em vez de banho. Em média, um banho gasta o dobro da água.
* Peça modelos que utilizem pouca água quando substituir autoclismos e máquinas de lavar.
* Lave a roupa menos vezes. Em geral, as roupas não estão realmente sujas, apenas precisam ser arejadas ou refrescadas. Isso aumentará também a sua duração.
* Não coloque absorventes, tampões, pensos higiénicos, fraldas e preservativos no aparelho sanitário. Coloque-os no lixo. Principalmente se viver numa área em que o esgoto é despejado no mar sem tratamento. Lembre-se disso na próxima vez que tomar um banho de mar.
* Nunca coloque químicos domésticos (óleo, terebintina e diluente) pelo cano.
A questão da água engarrafada:
Água engarrafada: o custo real.
À luz de um novo estudo independente, o WWF (World Wildlife Fund) está a incentivar as pessoas a consumirem água canalizada, que é muitas vezes tão boa como a engarrafada. Isto seria bom para o ambiente e para as carteiras dos consumidores.
De acordo com o estudo, em muitos países a água engarrafada pode não ser mais saudável nem mais segura do que a água canalizada, mas é vendida a um preço até 1000 vezes mais caro.
No entanto, é a indústria de bebidas engarrafadas que cresce mais rapidamente no mundo e está avaliada em US$ 22 mil milhões anualmente, cerca de 25 mil milhões de euros.
A Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAO - UNITED NATIONS FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION) diz que em termos de valor nutricional, a água engarrafada não é melhor do que a água canalizada. Pode conter pequenas quantidades de minerais, mas a água canalizada de muitas municípios também as contem.
O estudo mostra também que todos os anos 1,5 milhões de toneladas de plástico são utilizados para engarrafar água. Podem ser libertados químicos tóxicos no ambiente durante o fabrico e destruição de garrafas. Além disso, um quarto dos 89 mil milhões de litros de água engarrafada em todo o mundo anualmente são consumidos fora do país de origem.
As emissões do gás com efeito de estufa, o dióxido de carbono, provocadas pelo transporte de água engarrafada dentro e entre países, contribui para o problema global da alteração do clima (3 de Maio de 2001).
Para mais informações: WWF (World Wildlife Fund) LIVING WATERS CAMPAIGN, mail:lhadeed@fint.org.
PRODUÇÃO ÉTICA DE BENS E SERVIÇOS
De acordo com as estimativas da ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT),
cerca de 250 milhões de crianças, com idades compreendidas entre os 5 e os 14 anos estão envolvidas em actividades económicas nos países em desenvolvimento.
As estatísticas da OIT indicam que 2 em cada 5 crianças em África (32% do total a nível mundial das crianças envolvidas em actividades económicas), 1 em cada 5 crianças na Ásia (61% do total mundial), 1 em cada 6 na América Latina (7% do total mundial) e 1 em cada 3 na Oceania são sujeitas a trabalho infantil. Só em África, todos os anos este número aumenta em 1 milhão e está a caminho dos 100 milhões no ano 2015.
Produção ética de bens e serviços, o que fazer?
As seguintes sugestões pretendem ajudá-lo a fazer compras numa perspectiva ética:
* Escolha bens fabricados/distribuídos por fabricantes e retalhistas com políticas éticas claras e respectivos códigos de conduta.
* Mantenha-se informado acerca das suas marcas preferidas; contacte o seu grupo de consumidores local para obter mais informações sobre elas. Junte-se a campanhas na internet para melhorar as práticas de emprego.
* Evite produtos e serviços oferecidos por empresas que apoiem regimes opressivos.
* Boicote os produtores que pagam aos seus trabalhadores salários baixos ou utilizam trabalho escravo, ou cujos fornecedores apoiem a escravatura.
* Sempre que possível, escolha produtos/serviços com a etiqueta ‘SEM trabalho infantil’.
* Se possível, escolha produtos/serviços com a etiqueta ‘SEM testes em animais’.
* Boicote produtos/serviços que utilizam expressões enganadoras ou ofensivas.
* Troque informações ou experiências sobre ética e bens com outros consumidores.
INVESTIDOR ÉTICO
O que deve ter em conta o investidor ético para decidir onde investir o seu dinheiro? Aqui estão alguns indicadores:
* O que a empresa faz?
* Qual a posição da empresa relativamente a políticas sociais e questões ambientais? Utiliza energias alternativas?
* Fornece informações sobre o impacto ambiental de toda a sua cadeia de produção?
* Qual a posição da empresa enquanto entidade empregadora (mulheres, minorias, horários flexíveis, conjugação de empregos, etc.)?
* A empresa está envolvida em iniciativas e projectos comunitários locais?
BIODIVERSIDADE
Os seres humanos partilham o planeta com pelo menos 15 milhões de outras espécies. Todas as espécies desempenham um papel na construção e manutenção de ecossistemas complexos que suportam todas as formas de vida. Existem espécies a desaparecer a um ritmo alarmante. A taxa actual de extinção não é clara, mas os cientistas estimam que é entre 1 000 e 10 000 vezes superior à que existiria sem o desenvolvimento industrial descontrolado.
A ameaça de extinção aparece por uma série de razões interligadas. A devastação maciça de plantas e animais e dos seus habitats, a introdução deliberada de espécies estranhas aos ecossistemas, juntamente com as alterações climatéricas, a poluição e a doença, contribuem para ameaçar o equilíbrio ecológico entre as espécies.
É essencial para que a vida continue a existir em nosso planeta, conservar a biodiversidade, utilizar os recursos biológicos de forma sustentável e assegurar que os benefícios provenientes da sua utilização sejam distribuídos de forma justa.
Na União Europeia (UE) e noutros países, os governos estão a fazer grandes esforços para responder às exigências de informação dos consumidores sobre aspectos ambientais ou de saúde relativos aos produtos e serviços.
A utilização dos rótulos é um dos instrumentos mais comuns que os governos possuem para fornecer aos consumidores informação clara e segura do ponto de vista das características ecológicas e éticas de um produto.
Rótulos e Etiquetas ambientais (de entre aquelas que são reconhecidas pelos governos)
1. Anjo Azul (Alemanha)
2. Etiqueta ecológica da U.E.
3. Selo Verde (E.U.A.)
4. Escolha pela Terra (Canadá)
5. Etiqueta Ambiental da China
6. Japão
7. Cisne Branco Nórdico
8. Áustria
9. Tailândia
10. Índia
11. Israel
12. Milijeukeur (Holanda)
13. Ambiente 2000 (Zimbabwe)
14. Coreia do Sul
15. Aenor (Espanha)
16. Etiqueta Verde da Tailândia
17. Etiqueta Verde (Hong Kong)
Mas tenha cuidado! Apenas alguns rótulos são oficialmente reconhecidos pelos governos e respondem a critérios restritos e credíveis.
De entre as mais conhecidos rótulos ecológicos da UE destacam-se o Anjo Azul alemão, o Cisne nórdico e o AB (agricultura biológica) francês.
Nos EUA, o sistema Energy Star é utilizado para informar os consumidores da eficiência energética das TIC. Este sistema é atualmente adoptado pela UE.
Empresas e governos estão sujeitos ao crescente escrutínio do público em geral.
Quanto mais as pessoas pressionarem as empresas a mudarem para métodos mais sustentáveis de produção e de marketing , maior é a probabilidade de estas mudarem.
Se os produtores quiserem manter a confiança dos consumidores têm de demonstrar que estão atentos às suas necessidades e preocupações.
COMPRAR
Não comprar nada é irreal, mas é essencial parar com o excesso de compras.
Antes de comprar, o que fazer?
Você decide como gasta o seu dinheiro. Escolha marcas amigas do ambiente e mais sustentáveis e passe uma mensagem forte aos supermercados e retalhistas. Aqui tem algumas sugestões:
* Pense antes de comprar. Pense naquilo de que necessita, não no que deseja.
* Leia os rótulos: se não contiverem informações claras e suficientes não tenha medo de perguntar.
* Seleccione produtos e serviços com rótulos ambientais e éticos.
* Sempre que possível, compre bens sazonais e produzidos localmente.
* Escolha produtos que contenham percentagens significativas de materiais reciclados ou componentes remanufacturados ou que sejam facilmente detrioráveis e/ou recicláveis.
* Compre diretamente. Se tiver acesso à Internet, compre ‘virtualmente’ sempre que puder e reduza nos transportes e na poluição relacionada com estes. Se for utilizada com inteligência, a Internet pode contribuir para o consumo mais sustentável.
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FONTE :
Texto de Brasil-PNUMA - Programa
http://www.brasilpnuma.org.br/pordentro/guia_consumo.pdf
Imagens:
http://www.brasilpnuma.org.br/pordentro/guia_consumo.pdf
http://assets.wwf.org.br/downloads/living_planet_report_2008.pdf
http://www.achetudoeregiao.com.br/ATR/Culinaria/culinaria.gif/piramide_veg.jpg
http://www.canalkids.com.br/meioambiente/sos/imagens/poluicao.gif
http://www.apartmenttherapy.com/ol-images/sf/uploads/nhcplogo5-3.jpg
Um comentário:
Oi gostei muito do blog visite o meu de design-consumo e meio ambiente. obrigado
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